Nesse dia romperam-se todas a fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram. Génesis 7:11.
Os
antediluvianos foram advertidos, mas o registro declara que não o
perceberam até que veio o Dilúvio e os levou a todos. ... Viram Noé, sua
esposa e filhos e as esposas deles entrando na arca; e a porta foi
fechada sobre eles. Somente oito pessoas entraram naquele refúgio da
tormenta, e por uma semana esperaram que a chuva chegasse. ...
Diariamente nascia e se punha o sol num céu claro, e diariamente vinha a
Noé a tentação de duvidar. Mas o Senhor dissera que o Dilúvio viria, e
Noé descansou nessa palavra.
Ao final dos
setes dias, começaram a juntar-se nuvens no céu. Essa era uma cena
diferente, pois as pessoas nunca tinham visto nuvens. ... Acumularam-se
mais espessamente as nuvens e logo começou a cair a chuva. As pessoas
ainda procuravam pensar que isso não era muito alarmante. Mas em pouco
tempo pareceu que as janelas do céu tinham sido abertas, pois a chuva
caía em torrentes. Por algum tempo o solo absorveu a chuva; mas logo as
águas começaram a crescer, e dia a dia subiam mais alto. As pessoas viam
cada manhã que a chuva continuava caindo e olhavam-se em desespero, e a
cada noite repetiam as palavras “Ainda chovendo!” Assim foi, pela manhã
e à noite.
Por quarenta dias e quarenta
noites a chuva caiu. A água entrou nas casas e expulsou as pessoas para
os templos que haviam erigido para seu culto idolátrico. Mas os templos
foram varridos. A crosta terrestre estava partida, e a água que estivera
oculta em suas entranhas jorrou para fora. Grandes pedras eram lançadas
para o ar.
Por toda parte podiam-se ver
seres humanos a fugir em busca de refúgio. Chegou o momento em que
teriam ficado extremamente felizes por aceitar um convite para entrar na
arca. Cheios de angústia, bradavam “Ah, um lugar seguro!” Alguns
gritaram para Noé, suplicando entrada na arca. Mas entre os furiosos
estrondos da tempestade, suas vozes não eram ouvidas. Alguns se
agarraram à arca até serem lançados a distância pelas ondas impetuosas.
Deus havia encerrado aqueles que creram em Sua palavra, e ninguém mais
pôde entrar.
Pais com seus filhos
procuravam os galhos mais altos das árvores que ainda resistiam; mas tão
logo alcançavam esse refúgio, e o vento arremessava a árvore e as
pessoas para dentro da água espumante e fervilhante. ...
Onde
estava agora a arca e aqueles de quem as pessoas haviam escarnecido e
zombado? Preservado pelo poder de Deus, o imenso barco flutuava com
segurança sobre as águas, enquanto Noé e sua família se achavam seguros
lá dentro. — The Signs of the Times, 10 de Abril de 1901.
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