sábado, 24 de setembro de 2016

01 Daniel - Maisa - O Criador e os Anjos

02 Daniel - Criador e Criaturas

03 Daniel - A Queda do Homem

04 Daniel - Do Éden a Abraão

05 Daniel - Daniel e seus Amigos Demonstram Firmeza no Regime Alimentar

06 - Daniel - Predito o Destino do Mundo

07 Daniel - A Fornalha Ardente

08 Daniel - A Conversão de Nabucodonosor

09 Daniel - O Banquete de Belsazar

10 Daniel - Daniel e a Cova dos Leões

11 Daniel - Os Quatro Animais de Daniel 7

12 Daniel - O Chifre Pequeno é Roma Papal

13 Daniel - O Santuário Terrestre, Sombra do Celeste

14 Daniel - Os Três Juízos e a Volta de Jesus

15 Daniel - O Carneiro, o Bode Peludo e o Chifre Pequeno

16 Daniel - A Mar'eh das 2300 Tardes e Manhãs

17 Daniel - Pinceladas em Daniel 1-8

18 Daniel - A Grande Lei Moral

19 Daniel - Aonde Estão os Mortos?

20 Daniel - A Profecia das 70 Semanas

21 Daniel - A Purificação do Santuário Celestial

22 Daniel - O Destino dos Maus

23 Daniel - É Lago de Fogo Eterno?

24 Daniel - A Imutável Lei de Deus

25 Daniel - Sábado: Um Sinal

26 Daniel - O Sábado da Bíblia ou o Domingo da Tradição

27 Daniel - Daniel Dez e o Poder da Oração

28 Daniel - Livramento da Tribulação

29 Daniel - O Verdadeiro Israel

30 Daniel - Daniel Capítulo 11

31 Daniel - A Marca da Besta e o Selo de Deus

32 Daniel - A Igreja Pura e sua Mensagem

33 Daniel - Sinais do Fim

34 Daniel - A Recompensa dos Salvos

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Gravarei também sobre ele o nome do Meu Deus

Gravarei também sobre ele o nome do Meu Deus, o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém que desce do Céu, vinda da parte do Meu Deus, e o Meu novo nome. Apocalipse 3:12. 

A família humana, redimida pelo exemplo do Enviado de Deus, o unigênito do Pai, jamais compreenderá plenamente o terrível conflito travado por Satanás com poder ilusório e enganador e com um ódio dissimulado e mortal contra nosso Senhor, quando Ele viveu sobre a Terra. Depois de travar-se a batalha do grande dia de Deus, quando o poder da rebelião estiver para sempre esmagado e a obra mediadora de Cristo for representada tão claramente em sua magnitude que todos os remidos da família de Deus, com claro entendimento, compreenderem a missão de Seu Filho como o remédio mediador para transformar a raça caída numa ordem de seres arrependidos, humildes e mansos — só então se verá, plenamente desenvolvida, a diferença entre a pessoa que serve a Deus e a que O não serve.
A rebelião existirá em nosso mundo até que no Céu sejam proferidas as palavras “Está feito”. A rebelião na igreja é causada pelos membros que se opõem a Deus e às Suas condições de salvação. Os seres humanos desejam abundante espaço para se expressarem e atraírem a atenção. Não sabem nem compreendem que estão executando os planos de Satanás. Se eles se recusam a ver e a deixar-se iluminar, se se recusam a ser instruídos, rejeitam o remédio intercessório que foi dado para salvar o pecador — não no pecado mas do pecado. Pois o expresso propósito de salvar pecadores foi a planejada obra mediadora de Cristo.
Quando Cristo anunciou às hostes celestes a Sua missão e obra no mundo, declarou que deixaria Sua posição de dignidade e encobriria Sua santa missão assumindo a semelhança de homem, quando na realidade era o Filho do Deus infinito. E quando chegou a plenitude dos tempos, desceu Ele do trono do mais alto comando, depôs o régio manto e a coroa real, revestiu Sua divindade com a humanidade e veio à Terra para exemplificar o que a humanidade devia fazer e ser a fim de derrotar o inimigo e sentar-se com o Pai no Seu trono. ... Sujeitou-Se a ser esbofeteado por seres humanos inspirados por Satanás, o rebelde que havia sido expulso do Céu.
Como cabeça da humanidade, Cristo viveu na Terra uma vida perfeita, coerente, em conformidade com a vontade de Seu Pai celeste. ... Sempre supremo em Seu coração e mente estava o pensamento: “Não se faça a Minha vontade humana, mas a Tua.” — Carta 303, 1903.

E prosseguiu: De fato, vos afirmo que

E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Lucas 4:24. 

Com que intenso interesse foi esse conflito acompanhado pelos anjos celestiais e os mundos não caídos, enquanto a honra da lei estava sendo vindicada! Não só para este mundo, mas para o universo celeste e os mundos que Deus criara, devia o conflito ser decidido para sempre. A confederação das trevas aguardava um indício de oportunidade para erguer-se e triunfar sobre o divino-humano Substituto e Segurança da raça humana, para que o apóstata pudesse bradar: “Vitória”, e o mundo e seus habitantes se tornassem para sempre o seu reino. Mas Satanás atingiu somente o calcanhar; não pôde alcançar a cabeça. Agora ele vê que seu verdadeiro caráter é claramente revelado perante todo o Céu, e que os seres celestiais e os mundos que Deus criara se colocariam totalmente ao lado de Deus. Vê que seriam inteiramente eliminadas as suas perspectivas de influência futura entre eles. A humanidade de Cristo demonstraria pelas eras eternas a questão que selou o confl! ito. ...
O que foi que levou Sua própria nação a lançar tamanho desprezo sobre Jesus? Os judeus esperavam um príncipe terreno que os livrasse do poder que Deus havia declarado governaria sobre eles, se se recusassem a guardar os caminhos do Senhor e obedecer-Lhe aos estatutos, mandamentos e leis. Jactavam-se orgulhosamente de que o rei de Israel, a estrela que procederia de Judá, romperia sua servidão e os tornaria um reino de sacerdotes.
Ma não foi a ausência de honras, riquezas e glórias exteriores que levou os judeus a rejeitarem a Jesus. O Sol da Justiça, brilhando em meio às trevas morais com raios tão distintos, revelou o contraste entre o pecado e a santidade, a pureza e a corrupção, e essa luz não era bem recebida por eles. ...
Cumpriu-se aquilo que Cristo havia especificado como sendo a Sua obra. Os enfermos eram curados, os endemoninhados libertos, os leprosos e paralíticos restaurados. Os mudos falavam, os ouvidos dos surdos eram abertos, os mortos trazidos à vida e o evangelho, pregado aos pobres. ... Todo milagre operado por Cristo convencia alguns quanto ao Seu verdadeiro caráter, que cumpria as especificações do Messias da profecia, mas aqueles que não receberam a luz celestial se colocaram mais decididamente contra essa evidência. ...
Os ensinos de Cristo, por preceito e exemplo, eram o semear da semente que seria posteriormente cultivada por Seus discípulos. — Manuscrito 143, 1897

Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai? Lucas 2:49.

Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai? Lucas 2:49.

Todos os anos, os Seus pais iam à cidade de Jerusalém para assistir à festa da Páscoa, e no Seu décimo segundo ano foi Jesus com eles à cidade. Quando terminou a festa, os pais, esquecendo-se totalmente de Jesus, tomaram a estrada para casa com alguns de seus amigos, e não perceberam que Jesus não Se encontrava entre eles. Supuseram que estivesse com o grupo, e viajaram um dia inteiro antes de descobrirem que Ele não estava ali. Assustados com o que Lhe poderia ter acontecido, voltaram à cidade. ...
Jesus sabia que Deus Lhe havia dado essa oportunidade de levar luz aos que se achavam em trevas, e procurou fazer tudo ao Seu alcance para abrir a verdade perante rabis e mestres. Levou esses homens a falarem acerca de diferentes versos da Bíblia, relacionados com o Messias a quem aguardavam. Pensavam eles que Cristo viria ao mundo em grande glória naquele tempo, e tornaria a nação judaica a maior nação sobre a Terra. Mas Jesus lhes perguntou o que queriam dizer as Escrituras quando falavam da vida humilde, do sofrimento e tristeza, da rejeição e morte do Filho de Deus. Embora Cristo parecesse uma criança procurando ajuda dos que sabiam muito mais do que Ele, estava-lhes iluminando a mente com cada palavra que proferia. ...
Enquanto ensinava a outros, Cristo mesmo estava recebendo luz e conhecimento acerca de Sua própria obra e missão no mundo, pois se declara que Ele crescia em conhecimento. Que lição há nisso para todos os jovens de nossos dias! Eles podem ser como Cristo e, mediante o estudo da Palavra de Deus e o recebimento da luz que o Espírito Santo pode dar-lhes, estarão capacitados a levar luz aos outros. ...
Os sábios homens ficaram surpresos diante das perguntas que o menino Jesus fazia. ... Quando houve uma pausa, Maria, a mãe de Jesus, foi até seu filho e perguntou: “Filho, por que fizeste assim connosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à Tua procura.” Lucas 2:48. Então uma luz divina resplandeceu na face de Jesus, ao erguer Ele a sua mão e dizer: “Por que Me procuráveis? Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?” Lucas 2:49. ... Não sabiam o que Ele queria realmente dizer com essas palavras, mas sabiam que era um filho leal, que se submeteria às ordens deles. Embora fosse o Filho de Deus, desceu para Nazaré e foi submisso a Seus pais. — The Youth’s Instructor, 28 de Novembro de 1895.

Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. João 17:17.

Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. João 17:17. 

Todo soldado envolvido no conflito espiritual deve ser corajoso em Deus. Aqueles que travam as batalhas do Príncipe da vida devem apontar para fora as armas de sua guerra, e não formar um quadrado oco e apontar seus projéteis de destruição para os que servem sob a bandeira do Príncipe Emanuel. Não temos tempo para ferir e derribar uns aos outros. Quantos há que precisam atentar para as palavras que Cristo disse a Nicodemos: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5. ...
Há muitos que alegam ser seguidores de Cristo, cujos nomes estão registrados nos livros da igreja, os quais não têm sido uma força na igreja. Não foram santificados mediante a verdade. ... O que santifica a alma não é simplesmente receber a verdade, mas praticar a verdade. Todos aqueles que desejam ser santificados mediante a verdad{e, esquadrinhem com cuidado e oração tanto o Antigo como o Novo Testamentos para que possam saber o que é a verdade. ...
Aqueles que são verdadeiramente convertidos a Cristo [devem] guardar-se constantemente para não aceitar o erro em lugar da verdade. Os que pensam não ser importante se crêem na doutrina, contanto que creiam em Jesus Cristo, encontram-se em terreno perigoso. Alguns acham que serão tão aceitáveis diante de Deus se obedecerem a alguma outra lei que não seja a lei de Deus — se cumprirem alguma outra condição fora as que Ele especificou no evangelho — como o seriam se Lhe obedecessem aos mandamentos e Lhe cumprissem os requisitos. Mas encontram-se sob uma ilusão fatal, e a menos que renunciem a essa heresia e se ponham em harmonia com as Suas exigências, não poderão tornar-se membros da família real. ...
Aqueles que alegam estar santificados e não atentam para as palavras de divina autoridade proferidas no Monte Sinai, deixam claro que não renderão a Deus a obediência que o Legislador requer. ... “Sem Mim”, diz Cristo, “nada podeis fazer.” João 15:5. Na união com Cristo acham-se tomadas as providências para a nossa perfeição. “Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade.” João 17:23. ...
Que prazer poderia representar [o Céu] para as pessoas que não se sentem atraídas a Jesus nesta vida, para estudar-Lhe o caráter e estar com Ele na vida por vir? Prefeririam estar em qualquer outro lugar, mas não na presença e companhia dAquele em quem não se deleitam. Não O conheceram no mundo e não poderiam aprender a conhecê-Lo no Céu. — Manuscrito 40, 1894.

E a vida eterna é esta



E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3. 

O Senhor Jesus disse a Seus discípulos quando com eles estava: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.” João 16:12. Ele poderia fazer revelações que teriam absorvido a atenção dos discípulos e feito com que perdessem de vista Suas instruções anteriores, que Ele desejava fossem o assunto de seus mais fervorosos pensamentos. Mas Ele reteve essas coisas que os discípulos se espantariam de ouvir e que lhes teriam dado oportunidade de especular, criando mal-entendidos e desafeição. Não daria Ele oportunidade a que pessoas de pequena fé e piedade mistificassem e falsificassem a verdade, criando, assim, facções.
Jesus poderia ter apresentado mistérios que seriam assunto de reflexão e investigação durante gerações, até ao final do tempo. Como fonte de toda verdadeira ciência, Ele poderia ter levado as pessoas à investigação de mistérios, e século após século a sua mente teria estado tão completamente absorta que não teriam desejo de comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus.
Jesus bem sabia que Satanás está constantemente trabalhando para excitar curiosidade e ocupar as pessoas com conjeturas. Dessa maneira procura ele eclipsar a grandiosa e momentosa verdade que Cristo desejava fosse suprema em seus pensamentos. “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3.
Há uma lição para nós nestas palavras que Cristo proferiu após ter alimentado os cinco mil. Disse Ele: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.” João 6:12. Essas palavras significavam mais do que o ato de os discípulos juntarem restos de pão dentro das cestas. Jesus queria dizer que eles deviam atentar para Suas palavras, estudar as Escrituras e entesourar todo raio de luz. Em vez de buscar o conhecimento de algo que Deus não havia revelado, deviam cuidadosamente recolher o que Ele lhes dera.
Satanás havia tentado eclipsar na mente humana o conhecimento de Deus e erradicar de seus corações os atributos divinos. ... Aquilo que Deus havia revelado foi deturpado, mal aplicado e misturado com ilusões satânicas. Satanás citará as Escrituras para enganar. Tentou enganar a Cristo dessa maneira. Ele ainda tenta enganar assim. ... Cristo veio para ajustar verdades que haviam sido mal colocadas, e postas a serviço da causa do erro. Ele as recapitulou, repetiu, ... e ordenou que permanecessem para sempre. — Manuscrito 32, 1896; Manuscript Releases 17:20, 21

Tirem a pedra!

Tirem a pedra! — ordenou Ele. Marta, a irmã de Lázaro, disse: — Senhor... faz quatro dias que foi sepultado! João 11:39 (BLH).

Só Cristo foi capaz de suportar as aflições de muitos. “Em toda a angústia deles, foi Ele angustiado.” Isaías 63:9. Nunca sofreu uma enfermidade em Sua própria carne, mas carregou as enfermidades dos outros. Com a mais terna simpatia, olhava os sofredores que se aglomeravam ao Seu redor. Gemia em espírito ao ver a obra de Satanás revelada em todos aqueles lamentos, e assumiu cada caso de necessidade e tristeza como se fosse Seu. ... O poder do amor se via em todas as Suas curas. Ele identificava Seus interesses com os da humanidade sofredora.
Cristo, em Si mesmo, era saúde e vigor, e quando os sofredores se encontravam em Sua presença imediata, a enfermidade era sempre repreendida. Foi por isso que Ele não Se dirigiu imediatamente a Lázaro. Não poderia ter-lhe testemunhado o sofrimento sem lhe dar alívio. Não poderia testemunhar a doença ou a morte sem combater o poder de Satanás. Foi permitida a morte de Lázaro para que, mediante sua ressurreição, se pudesse dar aos judeus a última e coroadora evidência de que Jesus era o Filho de Deus.
E em todo esse conflito com o poder do mal, esteve sempre diante de Cristo a escura sombra na qual Ele mesmo devia penetrar. Sempre diante dEle estava o meio através do qual devia pagar o resgate pelas almas. Ao testemunhar o sofrimento da humanidade, Ele sabia que devia suportar uma dor maior, misturada com zombaria; que Ele sofreria a maior humilhação. Quando ressuscitou a Lázaro dentre os mortos, sabia que para aquela vida devia pagar o resgate na cruz do Calvário. ...
Cristo foi forte para salvar o mundo inteiro. Chorou diante do sepulcro de Lázaro com o pensamento de que não poderia salvar a todos do poder de Satanás, que acabava em morte. ... Com a luz de Sua exaltada pureza, o Redentor do mundo podia ver que as moléstias com as quais a família humana sofria lhe eram trazidas pela transgressão da lei de Deus. Todo caso de sofrimento podia Ele atribuir à sua causa. ... Sabia que só Ele podia colocar-lhes os pés no caminho reto. Somente a Sua perfeição podia ter eficácia para suas imperfeições. Apenas Ele podia cobrir-lhes a nudez com Seu imaculado manto de justiça. ...
Por experiência concreta, Ele nada sabia do pecado; colocara-Se diante do mundo como o imaculado Cordeiro de Deus. Quando a humanidade sofredora O rodeava, Aquele que gozava a saúde da perfeita varonilidade era como um aflito com eles. Isso era essencial, para que Ele pudesse expressar Seu perfeito amor em favor da humanidade. — Manuscrito 18, 1898.

Pois nem mesmo os Seus irmãos criam nEle. João 7:5

Pois nem mesmo os Seus irmãos criam nEle. João 7:5. 

As pessoas viram que o Espírito Santo repousava sobre Jesus, já aos doze anos de idade. Ele sentiu algo do fardo da missão para a qual viera a este mundo. ...
Compreendia as tentações das crianças, pois compartilhava suas tristezas e provas. Firme e resoluto era o seu propósito de fazer o correto; embora outros tentassem levá-Lo a praticar o mal, Ele nunca fez o que era errado e não Se afastaria o mínimo que fosse da senda da verdade e do direito. Sempre obedeceu a Seus pais e cumpria cada dever que Lhe surgia no caminho.
Mas a Sua infância e juventude estavam longe de ser tranquilas e jubilosas. Sua vida imaculada despertou a inveja e o ciúme de Seus irmãos, pois não criam nEle. Incomodavam-se porque Ele não agia em tudo como eles e não Se lhes unia na prática do mal. — The Youth’s Instructor, 28 de Novembro de 1895.
Por ser Ele tão rápido em perceber o que era falso e o que era verdadeiro, Seus irmãos o importunavam muito, pois diziam que qualquer coisa que o sacerdote ensinasse devia ser considerada tão sagrada quanto uma ordem de Deus. Mas Jesus ensinou tanto por palavras como por Seu exemplo que as pessoas devem adorar a Deus assim como Ele as instruiu a adorá-Lo, e não seguir as cerimônias que os líderes religiosos afirmavam que deviam ser seguidas. ...
Os sacerdotes e fariseus também se aborreciam porque esse Menino não lhes aceitava as tradições, máximas e invenções humanas. ... Não conseguindo convencê-Lo a considerar sagradas as tradições humanas, foram a José e Maria e se queixaram de que Jesus estava tomando um rumo errado acerca dos costumes e tradições deles. Jesus soube o que era ter a família dividida contra Ele por conta de Sua fé religiosa. Amava a paz; ansiava pelo amor e a confiança dos membros de Sua família; mas sabia o que era vê-los retirando dEle a afeição. Sofreu reprovação e censura por ter tomado um rumo decidido e por não praticar o mal porque outros o faziam, sendo leal aos mandamentos de Jeová. ...
Os escribas, rabis e fariseus não puderam forçar Jesus a afastar-Se da Palavra de Deus para seguir tradições humanas; podiam, porém, influenciar Seus irmãos de maneira tal que Sua vida se tornasse muito amarga. Seus irmãos O ameaçaram e procuraram compeli-Lo a tomar um rumo errado, mas Ele seguiu adiante, fazendo das Escrituras o Seu guia. — The Youth’s Instructor, 5 de Dezembro de 1895.

Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água

Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: dá-me de beber. João 4:7.

Considere como as circunstâncias levam a verdade perante a mente dos outros. Lembre-se da mulher de Samaria, que veio, como era seu costume, tirar água. Um estranho sentado sobre o poço lhe pede de beber. Tem início uma conversa. Jesus diz a ela: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva.” João 4:10. “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” João 4:13, 14.
Lembrando-se do cansativo trabalho que tinha de repetir dia após dia, e pensando na vantagem que seria se pudesse ter água sem todo esse incômodo, a mulher disse: “Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.” João 4:15. Ela não compreendeu que Jesus lhe apresentava o mais elevado interesse da alma, a água da vida.
As palavras ditas por Cristo eram a água viva. Mas logo ela ficou tão interessada que deixou a água e o cântaro e, indo à cidade, anunciou aos seus concidadãos: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?” João 4:29.
A mulher tinha vindo em busca de água, e ouviu acerca da água da vida. Foi convencida do pecado e creu em Jesus Cristo. Assim é derramado o santo óleo pelos mensageiros representados pelas duas oliveiras, para dentro dos tubos de ouro e dali para as lâmpadas de ouro. O processo de esvaziamento continua, desde o recebimento do azeite dourado até à comunicação do mesmo aos outros. São proferidas palavras; sentidas as influências inconscientes que cercam a alma, embora não se digam palavras de modo proposital. Muitas vezes se pode proferir uma palavra que será como semente semeada. ...
O Senhor fez ampla provisão para que as graças celestiais sejam abundantemente supridas a todos, a fim de que a verdade como esta é em Jesus ocupe o primeiro lugar no coração e preencha sempre o templo da alma. Então haverá total devoção a Deus, e os verdadeiros crentes se tornarão pescadores de homens. Orarão por sabedoria e andarão de acordo com a oração: “Vós sois a luz do mundo.” Mateus 5:14. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus.” Mateus 5:16. — Carta 48, 1897

Com este, deu Jesus princípio a Seus sinais em Caná da Galileia

Com este, deu Jesus princípio a Seus sinais em Caná da Galileia; manifestou a Sua glória, e os Seus discípulos creram nEle. João 2:11.

Jesus Cristo é o originador de toda obra missionária realizada neste mundo. Operou milagres para curar os enfermos, mas nunca operou um milagre em Seu próprio favor. Seu primeiro milagre registrado se realizou numa festa de casamento em Caná, quando transformou água em vinho. ...
Por meio desse milagre, desejou Cristo ensinar que o vinho não fermentado é muito preferível ao vinho fermentado. Cristo nunca produziu vinho fermentado. O vinho feito naquela ocasião era exatamente igual ao que sai, fresco, do cacho de uvas. Cristo conhecia a influência do vinho fermentado e, ao dar-lhes vinho puro, não fermentado, mostrou a única forma segura de usar o suco da uva.
Cristo não atraiu a atenção para o Seu ato a fim de receber admiração pública. Desejava ensinar uma importante lição. Não fez nem usou vinho fermentado. ... Cristo transformou água em vinho, mas usou vinho fresco das uvas, e nunca algum outro. Ele é nosso exemplo em todas as coisas e, antes de Sua morte, deixou como último legado à Sua igreja o pão, representando Seu corpo oferecido pelos pecados do mundo, e o vinho, representando Seu sangue derramado. Nada se poderia usar, a não ser pão não levedado e vinho sem fermento. Nada se deve usar de natureza fermentada na cerimônia da Santa Ceia, pois o vinho fermentado destruiria o símbolo que representa o sangue de Cristo. Podemos todos considerar essa questão como esclarecida para sempre.
Cristo operou esse milagre para ensinar ainda outra lição. Não cederia ao inimigo quando tentado a realizar um milagre para suprir Suas próprias necessidades, convertendo uma pedra em pão. Mas por ocasião da festa de casamento, desejou expressar Sua aprovação e simpatia para com os participantes do casamento. Cristo não veio a este mundo para proibir o matrimônio, romper ou destruir o relacionamento e a influência que existem no círculo doméstico. Veio para restaurar, elevar, purificar e enobrecer toda corrente de pura afeição, para que a família na Terra se tornasse um símbolo da família do Céu. No lar cristão, a graça de Deus deve subjugar e transformar o caráter humano, e então a igreja se tornará viva, ativa e laboriosa. Nessas famílias, pode-se muito bem cantar: “Vem, ó Jesus, entre nós morar, seja também Teu o nosso lar.” — Manuscrito 22, 1898.

[O dirigente da festa chamou o noivo] e disse

[O dirigente da festa chamou o noivo] e disse: Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados beberam à vontade, servem o vinho barato. Você, porém, guardou até agora o melhor vinho. João 2:10 (BLH).

As jubilosas festividades de um casamento judaico eram precedidas por solenes cerimônias religiosas. Como preparativo para sua nova relação, as partes realizavam certos ritos de purificação e confessavam seus pecados.
A parte mais interessante da cerimônia ocorria à noite, quando o noivo saía para encontrar a noiva e levá-la para o lar dele. Na casa da noiva, um grupo de convidados aguardava o aparecimento do noivo. Ao aproximar-se ele, ouvia-se o brado: “Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” Mateus 25:6. A noiva, vestida de puro branco, tendo a cabeça coroada de flores, recebia o noivo e, acompanhada pelos convidados, deixava a casa de seu pai. À luz de tochas, com impressionante pompa, sons de cânticos e instrumentos musicais, a procissão lentamente avançava para a casa do noivo, onde se oferecia um banquete aos convidados.
Para esse banquete era providenciado o melhor alimento que se podia obter. O vinho não fermentado era usado como bebida. Era costume da época que as festividades do casamento prosseguissem por vários dias. Nessa ocasião, antes de encerrar-se a festa, descobriram que havia acabado o abastecimento de vinho. Quando se fez o pedido por mais vinho, a mãe de Jesus, achando que Ele poderia sugerir algo para aliviar o constrangimento, foi a Ele e disse: “Eles não têm mais vinho.” João 2:3. ... A parte ativa que Maria desempenhou na festa indica que ela não era simplesmente uma convidada, mas parente de um dos noivos. Como alguém que tinha autoridade, ela disse aos servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” João 2:5. ...
Jesus lhes disse: “Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala.” João 2:7, 8. ... O ato de Cristo naquele momento ficou registrado para todos os tempos, para que possamos ver que Cristo não falha nem mesmo numa perplexidade como a que surgiu naquela ocasião. Não operou, contudo, nenhum milagre para ajudar a Si próprio. Poucos dias antes, Ele Se recusara a saciar a própria fome, transformando uma pedra em pão por sugestão de Satanás. — Manuscrito 126, 1903.

E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus

E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Marcos 7:9. 

Os homens mais cultos nos dias de Cristo — filósofos, legisladores, sacerdotes, com todo o seu orgulho e superioridade — não podiam interpretar o caráter de Deus. ... Quando, na plenitude do tempo, Cristo veio ao nosso mundo, estava ele entenebrecido e maculado pela maldição da apostasia e impiedade espiritual. Os judeus se haviam envolvido com o negro manto da incredulidade. Não guardavam os mandamentos de Deus. ...
Aqueles a quem Ele se dirigia, consideravam-se superiores a todos os outros povos. Vangloriavam-se orgulhosamente de que a eles haviam sido confiados os oráculos de Deus. A Terra suspirava por um mestre enviado de Deus, mas quando Ele veio assim como os oráculos vivos especificavam que viria, os sacerdotes e instrutores do povo não puderam discernir que era Ele o seu Salvador, nem puderam entender a maneira de Sua vinda. Não acostumados a aceitar a Palavra de Deus exatamente como estava escrita, ou a permitir que fosse sua própria intérprete, eles a liam à luz de suas máximas e tradições. Por tanto tempo haviam negligenciado estudar e esquadrinhar a Bíblia, que suas páginas lhes eram um mistério. Volveram-se com aversão da verdade de Deus para as tradições dos homens.
A nação judaica havia atingido um tempo crítico em sua história. Muita coisa estava em jogo. Recuaria a ignorância humana? Haveria fome de um conhecimento mais profundo de Deus? Transformar-se-ia essa sede num anelo pela bebida espiritual, assim como a sede de Davi se tornara um anseio pela água do poço de Belém? Volver-se-iam os judeus da influência de falsos mestres, que lhes haviam pervertido os sentidos, e clamariam a Deus por instrução divina?...
Quando Cristo veio como ser humano, uma inundação de luz se derramou sobre o mundo. Muitos O teriam recebido alegremente, escolhendo andar na luz, se tão-somente os sacerdotes e governantes tivessem sido leais a Deus e guiado o povo corretamente, dando-lhes uma legítima interpretação das verdades da Palavra. Mas por tanto tempo haviam os líderes aplicado mal as Escrituras, que o povo foi desencaminhado por falsidades. ...
Os judeus, como nação, recusaram-se a aceitar a Cristo. Afastaram-se do único Ser que poderia tê-los salvado da ruína eterna. Um semelhante estado de coisas existe hoje no assim chamado mundo cristão. Pessoas que alegam compreender as Escrituras estão rejeitando a lei de Deus e exercendo uma forte e decidida influência contra ela. ... Qual é o resultado? Observe o rumo da juventude que cresce ao nosso redor. — Manuscrito 24, 1891;

Ora, estando Jesus em Betânia

Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dEle uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que Lhe derramou sobre a cabeça, estando Ele à mesa. Mateus 26:6, 7

Esse incidente está repleto de instruções. Jesus, o Redentor do mundo, aproxima-Se do momento em que dará Sua vida por um mundo pecaminoso. Quão pouco, entretanto, compreendem até mesmo Seus discípulos daquilo que estão prestes a perder. Maria não racionalizou quanto a esse assunto. Seu coração estava repleto de amor puro e santo. O sentimento de seu coração era: “Que darei ao Senhor por todos os Seus benefícios para comigo?” Salmos 116:12. Aquele bálsamo precioso, como fora avaliado pelos discípulos, nada mais era que uma fraca expressão de seu amor por seu Mestre. Mas Cristo soube valorizar a dádiva como uma expressão de amor, e o coração de Maria se encheu de perfeita paz e felicidade.
Cristo Se deleitou no sincero desejo de Maria de fazer a vontade de seu Senhor. Aceitou a riqueza da pura afeição que Seus discípulos não entendiam e não podiam entender. ... O unguento de Maria foi a dádiva do amor, e isso lhe deu valor aos olhos de Cristo. ... Jesus viu Maria retirar-se envergonhada, esperando ouvir uma repreensão dAquele a quem ela amava e adorava. Mas em lugar disso, ouve palavras de condenação. “Por que molestais essa mulher?” disse Ele. “Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a Mim nem sempre Me tendes; pois, derramando este perfume sobre o Meu corpo, ela o fez para o Meu sepultamento. Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.” Mateus 26:10-13. Jesus não receberia nenhuma outra unção, pois se aproximava o sábado e eles guardavam o sábado segundo o mandamento. ... O desejo que Maria tivera de realiza! r aquele serviço por seu Senhor foi de mais valor para Cristo do que todo o nardo e precioso unguento do mundo, porque expressava seu apreço pelo Redentor do mundo. Era o amor de Cristo que a constrangia. ...
Maria, pelo poder do Espírito Santo, viu em Jesus Aquele que viera buscar e salvar as pessoas prestes a perecer. Cada um dos discípulos deveria ter sido inspirado com uma devoção semelhante. — Manuscrito 28, 1897.

O reino dos Céus é semelhante a um homem

O reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. Mateus 13:24, 25.

O Senhor tem uma obra a realizar em nosso mundo, mas não confiará Sua obra às mãos de pessoas que nada sabem da Bíblia ou dos mistérios do reino do Céu. O Senhor apresenta em parábolas a ascensão e o progresso da obra que resulta da pregação de Sua Palavra, a verdade presente para este tempo. Ele traz perante nós a formação de uma igreja que se apresentará diante do mundo como escolhida e fiel. A parábola do semeador mostra a maneira em que devemos trabalhar. A obra do ministério evangélico é o semear a semente. ...
A parábola do trigo e do joio mostra o mistério dos agentes divinos e satânicos em confronto direto, em conflito decisivo. O conflito continua até o encerramento da história terrestre. A semente incorruptível é a viva Palavra de Deus, que opera na santificação pessoal dos que a recebem, elevando-os e fazendo com que participem da natureza divina.
Muitas questões precisam ser consideradas. Aqueles que durante a vida toda têm sido servos do pecado, desejando agir em direta oposição à vontade divina, necessitam ser cabalmente convertidos. Caso contrário, o fermento do mal atuará sob uma capa, assim como Satanás, parecendo um anjo de luz, tentou Cristo a opor-Se à vontade divina. O grande padrão da justiça de Deus é detestável aos gostos e apetites de homens e mulheres pecadores. A energia ativa do Salvador e a do destruidor estão em conflito.
O trigo deve ser colhido para o celeiro de Cristo. O joio tem a aparência de trigo, mas quando a colheita chegar, deve ser rejeitado. Existe, todavia, uma imitação do trigo por um longo período de tempo. Satanás envida um decidido esforço para enganar e conduzir a estranhos caminhos aqueles que têm alguma ligação com a Palavra de Deus, e inventará todo estratagema possível para prolongar o período de seu controle. O Senhor Deus do Céu não sancionará ligações mistas e corruptas na igreja. O Senhor deseja que Sua obra na pregação do evangelho seja feita de tal maneira que não haja estímulo para obreiros ímpios, nenhuma tolerância para com más associações em assembleias cristãs. — Manuscrito 7, 1900

Então, vai e leva consigo outros sete espíritos

Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali. Mateus 12:45. 

O homem na parábola rompeu com Satanás, recusou-se a fazer a sua obra, mas o problema com ele era que, após ter varrido e adornado o coração, deixara de convidar o Hóspede celestial. Não é suficiente esvaziar o coração; devemos preencher o vazio com o amor de Deus. A alma deve ser adornada com as graças do Espírito de Deus. As pessoas podem abandonar muitos maus hábitos e ainda assim não estarem verdadeiramente santificadas, porque não têm uma ligação com Deus; não estão unidas a Cristo. ...
Satanás, o grande rebelde, está sempre procurando induzir-nos a pecar contra Deus. Introduzirá falsas imaginações, dispondo o entendimento contra a vontade revelada de Deus, as mais baixas paixões contra a pureza e a abnegação, a vontade contra a vontade de Deus, uma sabedoria de baixo para entrar em conflito com a sabedoria do alto. ... Será a vontade de Deus colocada em segundo plano e a nossa vontade considerada suprema? Pode ser esse o poder controlador na grande contenda de Deus para recuperar os Seus?...
Tenho sido advertida de que daqui para a frente teremos uma constante contenda. A assim chamada ciência e a religião serão colocadas uma em oposição à outra, porque os seres finitos não compreendem o poder e a grandeza de Deus. Foram-me apresentadas estas palavras da Santa Escritura: “Dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” Atos dos Apóstolos 20:30. Isto certamente será visto entre o povo de Deus. Haverá aqueles que são incapazes de perceber as mais maravilhosas e importantes verdades para este tempo, verdades que são essenciais para sua própria salvação e segurança, enquanto assuntos que são meros átomos em comparação, assuntos nos quais mal existe um grão de verdade, são analisados e magnificados pelo poder de Satanás para que pareçam ser da maior importância. ...
Assim como os amantes do mundo tornam a religião subserviente ao mundo, Deus requer que Seus adoradores subordinem o mundo à religião. — Manuscrito 16, 1890.
Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali. Mateus 12:45. 

O homem na parábola rompeu com Satanás, recusou-se a fazer a sua obra, mas o problema com ele era que, após ter varrido e adornado o coração, deixara de convidar o Hóspede celestial. Não é suficiente esvaziar o coração; devemos preencher o vazio com o amor de Deus. A alma deve ser adornada com as graças do Espírito de Deus. As pessoas podem abandonar muitos maus hábitos e ainda assim não estarem verdadeiramente santificadas, porque não têm uma ligação com Deus; não estão unidas a Cristo. ...
Satanás, o grande rebelde, está sempre procurando induzir-nos a pecar contra Deus. Introduzirá falsas imaginações, dispondo o entendimento contra a vontade revelada de Deus, as mais baixas paixões contra a pureza e a abnegação, a vontade contra a vontade de Deus, uma sabedoria de baixo para entrar em conflito com a sabedoria do alto. ... Será a vontade de Deus colocada em segundo plano e a nossa vontade considerada suprema? Pode ser esse o poder controlador na grande contenda de Deus para recuperar os Seus?...
Tenho sido advertida de que daqui para a frente teremos uma constante contenda. A assim chamada ciência e a religião serão colocadas uma em oposição à outra, porque os seres finitos não compreendem o poder e a grandeza de Deus. Foram-me apresentadas estas palavras da Santa Escritura: “Dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” Atos dos Apóstolos 20:30. Isto certamente será visto entre o povo de Deus. Haverá aqueles que são incapazes de perceber as mais maravilhosas e importantes verdades para este tempo, verdades que são essenciais para sua própria salvação e segurança, enquanto assuntos que são meros átomos em comparação, assuntos nos quais mal existe um grão de verdade, são analisados e magnificados pelo poder de Satanás para que pareçam ser da maior importância. ...
Assim como os amantes do mundo tornam a religião subserviente ao mundo, Deus requer que Seus adoradores subordinem o mundo à religião. — Manuscrito 16, 1890.

E Jesus, voltando-Se e vendo-a, disse

E Jesus, voltando-Se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. Mateus 9:22.

Satanás é o destruidor; o Senhor é o Restaurador. O Senhor não tem atuado como médico da maneira como desejaria trabalhar, porque, diz Ele, não vamos a Ele para que nos dê vida. Procuramos toda fonte de alívio exceto aquela que proclamou sobre o sepulcro cedido por José: “Eu sou a ressurreição e a vida.” ...
Cristo encontrou uma pobre alma que havia gastado todos os seus haveres a fim de curar-se de uma enfermidade física. O relato é que ela havia despendido tudo o que tinha com muitos médicos, sem nada aproveitar, antes, indo a pior. Mas um toque em Cristo, pela fé, removeu a enfermidade de longos anos. Essa mulher sofredora viera por trás de Cristo e Lhe tocara as vestes, tendo fé na Pessoa que as vestes cobriam, e sendo instantaneamente curada. “Quem me tocou?” perguntou Cristo. Pedro ficou atônito. Respondeu: “Vês que a multidão Te aperta e dizes: Quem Me tocou?”
Cristo desejou dar uma lição da qual os presentes não se esquecessem. Mostraria a diferença entre o toque da fé viva e um toque casual. Disse Ele: “Alguém Me tocou, porque senti que de Mim saiu poder.” Lucas 8:46. Quando a mulher viu que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, lançando-se-Lhe aos pés, contou sua triste história. Cristo a consolou. “Filha”, disse Ele, “a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.”
Por que não vamos a Jesus com fé? Muitos O tocam de modo casual, entrando em contato apenas com Sua pessoa. A mulher fez mais do que isso. Ela estendeu a mão com fé e foi instantaneamente curada. ... Os amigos da verdade honrarão Aquele que é o Autor e Consumador de sua fé. Cristo Se demonstrará um médico na restauração do corpo bem como da alma. Os coobreiros de Deus se porão em jugo com Cristo e colocarão a si mesmos — alma, corpo e espírito — numa relação correta para com Deus. ...
A vontade de homens, mulheres e crianças deve ser treinada pela cooperação com Deus. ... A melodia do gozo espiritual e a saúde física se revelarão, promovendo aquela bem-aventurança que o Senhor Jesus veio ao mundo para partilhar com cada pessoa que crer. — Carta 106, 1898

Apresentou-se-Lhe um centurião, implorando

Apresentou-se-Lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mateus 8:5-7. 

O centurião sentiu sua indignidade. Era um homem de espírito contrito, embora fosse homem de autoridade. Sentiu-se indigno de ter a Jesus Cristo, com Seu poder operador de milagres, sob seu teto, mas tudo o que era essencial seria a Sua palavra, assim como o centurião podia dizer aos soldados que lhe eram subordinados: “Vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz.” Mateus 8:9.
Tinha ele confiança até mesmo nas palavras faladas de Cristo para restaurar seu servo. Quando Jesus o ouviu, maravilhou-Se. “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” Mateus 8:10. ...
A nação judaica não quis receber o prometido Messias quando Ele veio exatamente da maneira como as profecias declaravam que Ele viria. Ali estava um homem, não professamente de Israel, que não tivera as oportunidades que Israel havia recebido em abundância, o qual pela fé e apreço por Cristo estava muito adiante do povo de Israel, a quem o Senhor tornara depositário da mais sagrada e preciosa verdade.
Quem eram realmente os israelitas — judeus ou gentios, bárbaros, citas, escravos ou livres? Jesus “estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dEle, mas o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam”. João 1:10, 11. Mas esse romano, um comandante com autoridade, foi a Jesus com a mais sincera súplica em favor de um dos seus servos, paralítico, sofrendo horrivelmente. Aquela fé, em sua simplicidade, era uma fé pura, desinteressada. Ele não pede de Jesus: “Mostra-me um sinal do Céu”, mas roga-Lhe que opere a cura em favor de seu servo sofredor. Conta-Lhe que se sente indigno de recebê-lo sob seu teto. Aquele que habita no alto e santo lugar, veio e habitou com o humilde e contrito de coração. ...
Que o povo receba a luz assim como é apresentada na Palavra de Deus, em verdade, e haverá uma firmeza de propósito que o capacitará a permanecer ereto, com independência moral entre as dificuldades e o perigo. Um caráter é formado, protegido pela verdade — um caráter que faça frente ao dia de prova diante de nós, por mais tenebrosa que seja a pressão, por mais severa a tribulação que o dia da preparação de Deus possa trazer. O princípio da justiça atua de dentro para o exterior e se faz perceptível. — Carta 114, 1895.

Vendo Jesus as multidões

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como Se assentasse, aproximaram-se os Seus discípulos. Mateus 5:1. 

O sermão de Cristo sobre o monte teve o propósito de penetrar em nossa vida cotidiana. Os mandamentos são tão amplos, que se apoderam até mesmo de nossos pensamentos. Mas quão poucos atentam para as palavras de nosso Salvador! Consequentemente, teremos objeções a enfrentar. Alguns alegarão que são totalmente guiados pelo Espírito e por conseguinte não há muita necessidade da lei de Deus ou de qualquer porção de Sua Palavra. Aqueles que declaram possuir grande luz mas não são santificados pela verdade, são pessoas perigosas, mas podem ser facilmente testadas. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.” Isaías 8:20. ...
Devemos esperar ser assaltados pelos poderes das trevas, mas se resistirmos com sucesso, haverá júbilo no Céu. A alma dos seres humanos é valorizada pelas hostes celestiais. ... Não devemos colocar-nos sob nenhuma bandeira a não ser a de Cristo. — Manuscrito 45, 1886.
Cristo falou como nenhum homem o fez. A lei de Deus, com seus princípios vivos, incomparáveis, foi levada à mente e consciência da multidão que ouvia Seu sermão no monte, com lições ilustradas pelas coisas com as quais estavam familiarizados. Entre os milhares que se converteram num dia, após ter Cristo saído da tumba e ascendido ao Pai, estavam os mesmos que haviam ouvido e recebido as palavras proferidas naquela ocasião.
Enquanto esteve entre o povo, revestido com os trajes da humanidade, Jesus ansiou desdobrar perante Seus discípulos os profundos mistérios do plano da redenção; mas com tristeza foi forçado a declarar: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.” João 16:12. O temporal, o terreno, estava tão misturado na mente deles com o espiritual e eterno, que o sagrado e celestial se eclipsaram. ...
A alma deve ser imbuída com o Espírito do grande Mestre, se é que a mente deva penetrar nas profundas coisas de Deus. A verdade expandirá e enriquecerá a mente. Sua beleza, pureza, santidade [e] seu revigorante poder inspirarão os recebedores, e eles não se contentarão com restrições em sua obra. A pessoa anelante clamará pelo Deus vivo: Mostra-me Tua glória. — Manuscrito 104, 1898.

O Senhor é a minha força e o meu escudo

O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico O louvarei. Salmos 28:7.

O Senhor Jesus veio ao mundo para viver a vida que será do interesse de todo ser humano sobre a Terra viver — a de humilde obediência. Aqueles a quem Cristo deu um período de prova durante o qual formar caracteres para as mansões que foi preparar, devem penetrar em Seu exemplo de vida. Se forem realmente aprendizes na escola de Cristo, não se exaltarão por possuir casas e terras, porque o Senhor em Sua providência lhes emprestou Seus bens para serem usufruídos. ...
Cristo tomou sobre Si a natureza humana, para que pudesse compreender todos os corações. Seu espírito nunca se encheu tanto dos cuidados deste mundo que não tivesse tempo para as coisas de cima. Ele podia dar evidências de Sua alegria, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes ouviam os moradores de Nazaré Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a Deus. Com frequência entretinha em cânticos comunhão com o Céu; e quando os companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce melodia que Lhe caía dos lábios. Dir-se-ia que Seu louvor banisse os anjos maus e, como incenso, enchesse com doce fragrância o lugar em que Se achava.
Isso, também, tinha sua lição. Ensinava que as pessoas podem comungar com Deus nas palavras de cânticos sagrados. O espírito dos ouvintes era afastado de seu terreno exílio, para o lar celestial. ... A casa de Deus pode ser muito humilde em comparação com o templo de Salomão, mas não é menos reconhecida por Deus. Para aqueles que ali adoram, é a porta do Céu, se adoram a Deus em espírito, em verdade e na beleza da santidade. Ao serem entoados cânticos de louvor, ao se elevarem ao Céu fervorosas orações, ao se repetirem as lições das maravilhosas obras de Deus, ao expressar-se a gratidão do coração em preces e hinos, os anjos do Céu apanham o tom e a eles se unem em louvor e ações de graças a Deus.
Essas práticas repelem o poder de Satanás. Expulsam as murmurações e queixas, e Satanás perde terreno. Deus nos ensina que devemos reunir-nos em Sua casa para cultivar os atributos do perfeito amor. Isso habilitará os habitantes da Terra para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. Então se congregarão no santuário, de um sábado ao outro e de uma lua nova a outra, para unir-se em majestosos cânticos, em ações de graças e louvor Àquele que Se assenta sobre o trono, e ao Cordeiro, para todo o sempre. — Manuscrito 24, 1898.