quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A Ciência do Bom Viver

Higiene Geral

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V. Princípios de Saúde
Sem algum conhecimento dos princípios de saúde ninguém está em condição de assumir as responsabilidades da vida.

O conhecimento de que o homem deve ser um templo para Deus, uma morada para a revelação de Sua glória, deve ser o mais alto incentivo ao cuidado e desenvolvimento de nossas faculdades físicas. Terrível e maravilhosamente tem o Criador operado na estrutura humana, e nos ordena que a estudemos para lhe compreender as necessidades e fazermos nossa parte no preservá-la de dano e contaminação.

A Circulação do Sangue
Para termos boa saúde, é necessário que tenhamos bom sangue; pois este é a corrente da vida. Ele repara os desgastes e nutre o corpo. Quando provido dos devidos elementos de alimentação e purificado e vitalizado pelo contato com o ar puro, leva a cada parte do organismo vida e vigor. Quanto mais perfeita a circulação, tanto melhor se realizará esse trabalho.
A cada pulsação do coração, o sangue deve fazer, rápida e facilmente, seu caminho a todas as partes do corpo. Sua circulação não deve ser estorvada por vestuários ou cintas apertadas, nem por deficiente agasalho dos membros. Seja o que for que prejudique a circulação, força o sangue a voltar aos

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órgãos vitais, congestionando-os. Dor de cabeça, tosse, palpitação, ou indigestão, eis muitas vezes os resultados.

A Respiração
Para possuir bom sangue, é preciso respirar bem. Plena e profunda inspiração de ar puro, que encha os pulmões de oxigênio, purifica o sangue. Isso comunica ao mesmo uma cor viva, enviando-o, qual corrente vitalizadora, a todas as partes do corpo. Uma boa respiração acalma os nervos, estimula o apetite e melhora a digestão, o que conduz a um sono profundo e restaurador.
Deve-se conceder aos pulmões a maior liberdade possível. Sua capacidade se desenvolve pela liberdade de ação; diminui, se eles são constrangidos e comprimidos. Daí os maus efeitos do hábito tão comum, especialmente em trabalhos sedentários,

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de ficar todo dobrado sobre a tarefa em mão. Nessa postura é impossível respirar profundamente. A respiração superficial torna-se em breve um hábito, e os pulmões perdem a capacidade de expansão. Idêntico efeito é produzido por qualquer constrição. Não se proporciona assim espaço suficiente à parte inferior do peito; os músculos abdominais, destinados a auxiliar na respiração, não desempenham plenamente seu papel, e os pulmões são restringidos em sua ação.
Assim é recebida uma deficiente provisão de oxigênio. O sangue move-se lentamente. Os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida nas exalações dos pulmões, são retidos, e o sangue se torna impuro. Não somente os pulmões, mas o estômago, o fígado e o cérebro são afetados. A pele torna-se pálida, é retardada a digestão; o coração fica deprimido; o cérebro nublado; confusos os pensamentos; baixam sombras sobre o espírito; todo o organismo se torna deprimido e inativo, e especialmente suscetível à doença.

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Os pulmões estão de contínuo expelindo impurezas, e necessitam ser constantemente abastecidos de ar puro. O ar contaminado não proporciona a necessária provisão de oxigênio, e o sangue passa ao cérebro e aos outros órgãos sem o elemento vitalizador. Daí a necessidade de perfeita ventilação. Viver em aposentos fechados, mal arejados, onde o ar é sem vida e viciado, enfraquece todo o organismo. Este se torna particularmente sensível à influência do frio, e uma leve exposição leva à doença. É o viver muito fechadas, dentro de casa, que faz muitas mulheres pálidas e fracas. Respiram o mesmo ar repetidamente, até que ele se carrega de venenosos elementos expelidos pelos pulmões e os poros; e assim as impurezas são novamente levadas ao sangue.

Ventilação e Luz Solar
Na construção de edifícios, seja para fins públicos seja para morada, devia-se tomar cuidado de providenciar quanto à boa ventilação e abundância de luz. As igrejas e salas de aula são muitas vezes deficientes a esse respeito. A negligência da ventilação apropriada é responsável por muita morosidade e sonolência que destrói o efeito de muitos sermões e torna fatigante e ineficaz o trabalho do professor.
O quanto possível, os prédios destinados a servir de morada devem ser situados em terreno alto e enxuto. Isso garantirá um lugar seco, prevenindo o perigo de doenças contraídas pela umidade e a podridão. Esse assunto é com demasiada freqüência considerado muito levemente. Saúde frágil, doenças sérias e muitas mortes são o resultado da umidade e da podridão de lugares baixos e com deficiente escoamento.
Na construção de casas é de especial importância assegurar perfeita ventilação e abundância de sol. Haja uma corrente de ar e quantidade de luz em cada aposento da casa. Os quartos de dormir devem ser colocados de maneira a terem ampla

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circulação de ar noite e dia. Nenhum aposento é apropriado para servir de dormitório, a menos que possa ser completamente aberto todos os dias ao ar e ao sol. Em muitos países, os quartos de dormir precisam ser aparelhados com aquecimento, para que fiquem completamente aquecidos e secos no tempo frio ou úmido.
O quarto dos hóspedes deve merecer cuidados iguais aos que se destinam a uso constante. Como os demais dormitórios, deve receber ar e sol, e ser aparelhado com meios de aquecimento, a fim de secar a umidade que geralmente se acumula num aposento que não é sempre usado. Quem quer que durma num quarto não banhado por sol, ou ocupe uma cama que não seja bem seca e arejada, o faz com risco da saúde, e muitas vezes da própria vida.
Ao construir sua casa, muitos tomam cuidadosas providências quanto às plantas e flores. A estufa ou a janela dedicada às mesmas é quente e ensolarada; pois sem calor, ar e sol, as plantas não poderiam existir e florescer. Se essas condições são necessárias à vida das plantas, quão mais necessárias são à nossa saúde e à de nossa família e hóspedes!
Se queremos que nosso lar seja a morada da saúde e da felicidade, devemos colocá-lo acima da poluição e neblinas das baixadas, dando livre entrada aos celestes elementos de vida. Dispensai as pesadas cortinas, abri as janelas e persianas, não permitais que trepadeiras, por mais belas que sejam, vos ensombrem as janelas, nem que nenhuma árvore fique tão próxima da casa que impeça a luz do sol de nela penetrar. Talvez essa luz desbote as cortinas e os tapetes, e manche os quadros; dará, porém, saudável vivacidade aos rostos das crianças.
Os que têm de atender a pessoas idosas devem lembrar que estas, especialmente, precisam de quartos quentes, confortáveis. O vigor declina à medida que avança a idade, deixando menos vitalidade para resistir às influências insalubres; daí a maior necessidade dos velhos, quanto a abundância de luz solar e de ar renovado e puro.

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O escrupuloso asseio é indispensável tanto à saúde física como à mental. Impurezas são constantemente expelidas do corpo por meio da pele. Seus milhões de poros logo ficam obstruídos, a menos que se mantenham limpos mediante banhos freqüentes, e as impurezas que deviam sair pela pele se tornam mais uma sobrecarga aos outros órgãos eliminadores.
Muitas pessoas tirariam proveito de um banho frio ou tépido cada dia, pela manhã ou à noite. Em vez de tornar mais sujeito a resfriados, um banho devidamente tomado fortalece contra os mesmos, porque melhora a circulação; o sangue é levado à superfície, conseguindo-se que ele aflua mais fácil e regularmente às várias partes do organismo. A mente e o corpo são igualmente revigorados. Os músculos tornam-se mais flexíveis, mais vivo o intelecto. O banho é um calmante dos nervos. Ajuda os intestinos, o estômago e o fígado, dando saúde e energia a cada um, o que promove a digestão.
Também é importante que a roupa esteja sempre limpa. O vestuário usado absorve os resíduos expelidos pelos poros; não sendo freqüentemente mudado e lavado, serão as impurezas reabsorvidas.
Toda forma de desasseio tende à enfermidade. Germes produtores de morte pululam nos recantos escuros e negligenciados, em apodrecidos detritos, na umidade, no mofo e bolor. Nada de verduras deterioradas ou montes de folhas secas se deve permitir que permaneça próximo de casa, poluindo e envenenando o ar. Coisa alguma suja ou estragada se deve tolerar dentro de casa. Em vilas e cidades consideradas perfeitamente salubres, tem-se verificado que muita epidemia de febre se tem originado de matéria em decomposição existente em redor da residência de algum negligente chefe de família.
Perfeito asseio, quantidade de sol, cuidadosa atenção às condições sanitárias em todos os detalhes da vida doméstica são essenciais à prevenção das doenças e ao contentamento e vigor dos habitantes do lar.


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domingo, 5 de novembro de 2017

A Luta Com Um Anjo

Introdução


Não é vulgar ouvirmos falar de um homem a lutar com um anjo. Mas tal aconteceu há quase 4000 anos, entre Jacob e o Anjo do Senhor (Génesis 32). Como resultado dessa luta o anjo mudou o nome de Jacob para “Israel”.

  1. O Significado do Nome Israel

A primeira vez que aparece o nome “Israel” na Bíblia foi quando Jacob lutou com o Anjo e prevaleceu (Gén. 32:26-28). O Senhor então mudou-lhe o nome de Jacob (suplantador, vigarista, enganador), para Israel (como príncipe lutaste com os homens e com Deus e prevaleceste).

Os nomes na Bíblia são descrições do carácter das pessoas. Jacob descrevia o homem de pecado. Israel o novo homem vitorioso sobre o pecado pelo poder do anjo, com quem lutou. Quando o Anjo lhe perguntou o nome, Ele já sabia a resposta. Mas Ele quis que o próprio Jacob o pronunciasse para com isso representar a sua humilde, confissão e afastamento do pecado. Jacob saiu vencedor no teste. Arrependeu-se e colocou-se na inteira dependência da misericórdia de Deus.

A resposta: «Não se chamará mais o teu nome Jacob, mas Israel», revelou que Deus lhe dera um novo carácter! Assim o nome “Israel” era um nome espiritual, simbolizando a vitória espiritual de Jacob sobre o seu pecado de engano do passado. Noutras palavras o homem “Jacob” era agora um “Israel” espiritual.

  1. O Povo de Israel

Israel teve 12 filhos, cujos descendentes saíram do Egipto para Canaã (Êxodo 1:1-5). Os filhos de Israel tinham-se multiplicado muito no Egipto. A partir de certa altura, o faraó, que não conhecera José, impôs-lhes a escravidão, que durou até ao tempo de Moisés. Então Deus disse a Moisés: «Diz a faraó, assim diz o Senhor, Israel é o meu filho, o meu primogénito. ... Deixa ir o meu filho.» (Êxodo 4:22-23).

Vemos por estas palavras que o nome Israel se expande. Não mais se aplica unicamente a Jacob, mas também aos seus descendentes. A nação é agora chamada “Israel”. Assim este nome foi primeiramente aplicado a um homem vitorioso e depois a um povo. Era desejo de Deus que também esta nova nação fosse vitoriosa, como fora Jacob, pela fé n’Ele. Deus chamou a esta nova nação de Israel «o meu filho ... o meu primogénito».

  1. Outros Nomes Aplicados a Israel

Israel foi chamado uma “vinha” que Deus «trouxe do Egipto» (Sal. 80:8). Deus disse: «Mas tu, Israel, és o meu servo, ... a semente de Abraão» (Isa. 41:8). Deus também se referiu a Israel como o meu eleito (Isa. 45:4). Ainda por intermédio de Isaías Deus diz de Israel o seguinte: «Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios. Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega: em verdade, produzirá o juízo; não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra o juízo: e as ilhas aguardarão a sua doutrina.» (Isa. 42:1-4). Não esqueçamos que todas estas palavras se aplicaram originalmente à nação de Israel.

Por volta do ano 800 a. C., o Senhor disse por intermédio do profeta Oséas: «Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egipto chamei a meu filho.» (Os. 11:1). No entanto, por este tempo a nação de Israel, que Deus amara, deixara de viver à altura do significado do seu próprio nome. Não tinha vivido vitoriosamente. Com tristeza, Deus declarou: «Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face: sacrificavam a baalins, e queimavam incenso às imagens de escultura.» (Os. 11:2). Esta frase, da parte de Deus, é como uma bomba relógio, que vai explodir, de modo assombroso, na revelação do Novo Testamento.

  1. A Noite de Luta

«Na sua noite de angústia, ao lado do Jaboque, quando a destruição parecia estar precisamente diante dele, ensinara-se a Jacob quão vão é o auxílio do homem, quão destituída de fundamento é toda a confiança na força humana. Viu que o seu único auxílio devia vir d’Aquele contra quem tão ofensivmente pecara. Desamparado e indigno, rogou a promessa de misericórdia de Deus ao pecador arrependido. Aquela promessa foi a sua certeza de que Deus o perdoaria e o aceitaria. Mais facilmente poderiam o céu e a Terra passar do que falhar aquela palavra; e foi isto o que o alentou durante aquele terrível conflito.» (Patriarcas e Profetas, p. 200).

  1. A Luta do Povo de Deus no Tempo do Fim

«A experiência de Jacob durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa visão, olhando para este tempo, disse: ‘Ouvimos uma voz de tremor, de tremor mas não de paz. ... Porque se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacob: ele porém será livrado dela.» (Jer. 30:5-7).

«Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda a alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus a Sua posição como intercessor do homem, junto a Deus, faz-se o solene anúncio: ‘Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.» (Apoc. 22:11). Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra. Assim como Jacob foi ameaçado de morte pelo seu irmão irado, o povo de Deus estará em perigo por parte dos ímpios, que procurarão destruí-los. E assim como o patriarca lutou toda a noite para conseguir livramento da mão de Esaú, clamarão os justos a Deus, dia e noite, por livramento dos inimigos que os cercam.

«Satanás acusara Jacob diante dos anjos de Deus, pretendendo o direito de destruí-lo por causa do seu pecado; levara Esaú a marchar contra ele; e, durante a longa noite de luta do patriarca, Satanás esforçou-se por impor-lhe a intuição da sua culpa, a fim de o desanimar, e romper o seu apego com Deus. Quando, na sua angústia, Jacob lançou mão do Anjo, e com lágrimas suplicou, o Mensageiro celeste, a fim de provar a sua fé, lembrou-o também do seu pecado, e esforçou-se por escapar dele. Mas Jacob não quis demover-se. Aprendera que Deus é misericordioso, e lançou-se à Sua misericórdia. Fez referência ao arrependimento do seu pecado, e implorou livramento. Ao rever a sua vida, foi impelido quase ao desespero; mas segurou firmemente o Anjo, e com brados ardorosos, aflitivos, insistiu na sua petição, até que prevaleceu.

«Tal será a experiência do povo de Deus na sua luta final com os poderes do mal. Deus lhes provará a fé, a perseverança, a confiança no Seu poder para os livrar. Satanás esforçar-se-á por aterrorizá-los com o pensamento de que os seus casos são sem esperança; que os seus pecados foram demasiado grandes para receberem perdão. Terão uma intuição profunda dos seus malogros; e, ao reverem a sua vida, soçobrar-lhes-ão as esperanças. Lembrando-se, porém, da grandeza da misericórdia de Deus, e do seu próprio arrependimento sincero, alegarão as Suas promessas, feitas por meio de Cristo, aos pecadores desamparados e arrependidos. A sua fé não faltará por não serem as suas orações respondidas imediatamente. Apoderar-se-ão da força de Deus, assim como Jacob lançou mão do Anjo; e a expressão da sua alma será: ‘Não te deixarei ir, se me não abençoares’.

«Se Jacob não se houvesse arrependido previamente do pecado de obter a primogenitura pela fraude, Deus não poderia ter ouvido a sua oração e misericordiosamente preservado a sua vida. Assim, no tempo de angústia, se o povo de Deus houvesse de ter pecados não confessados, para aparecerem diante deles enquanto torturados pelo temor e angústia, abater-se-iam; o desespero lhes cortaria a fé, e não poderiam ter confiança para pleitearem com Deus o seu livramento. Mas, conquanto tenham uma intuição profunda da sua indignidade, não terão faltas ocultas a revelar. Os seus pecados ter-se-ão obliterado pelo sangue expiatório de Cristo, e eles não os podem trazer à lembrança.» (Ibidem, pp. 200-202).

  1. Deus não Tolera o Mal

«Satanás leva muitos a crer que Deus não tomará em consideração a sua infidelidade nas menores coisas da vida; mas o Senhor mostra, no seu trato com Jacob, que Ele não pode, de maneira alguma, sancionar ou tolerar o mal. Todos os que se esforçam por desculpar ou esconder os seus pecados, e permitem que eles permaneçam nos livros do Céu, sem serem confessados ou perdoados, serão vencidos por Satanás. Quanto mais exaltada for a sua profissão, e mais honrada a posição que ocupam, mais ofensiva é a sua conduta aos olhos de Deus, e mais certa a vitória do grande adversário.

«Contudo, a história de Jacob é uma segurança de que Deus não repelirá aqueles que foram atraídos ao pecado, mas que voltaram a Ele com verdadeiro arrependimento. Foi pela entrega de si mesmo e por uma fé tranquilizadora que Jacob alcançou o que não conseguira ganhar com o conflito na sua própria força. Deus assim ensinou a Seu servo que o poder e a graça divina unicamente lhe poderiam dar a benção que ele desejava com ardor. De modo semelhante será com aqueles que vivem nos últimos dias. Ao rodearem-nos os perigos, e ao apoderar-se da alma o desespero, devem confiar unicamente nos méritos da obra expiatória. Nada podemos fazer de nós mesmos. Em toda a nossa desajudada indignidade, devemos confiar nos méritos do Salvador crucificado e ressuscitado. Ninguém jamais perecerá enquanto fizer isto. A lista longa e negra dos nossos delitos está diante dos olhos do Ser infinito. O registo é completo; nenhuma das nossas ofensas é esquecida. Aquele, porém, que ouviu os clamores dos Seus servos na antiguidade, ouvirá a oração da fé, e perdoará as nossas transgressões. Ele o prometeu, e cumprirá a Sua palavra.» (Ibidem, p. 202).


Conclusão


«Jacob prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. A sua experiência testifica do poder da oração importuna. É agora que devemos aprender esta lição da oração que prevalece, de uma fé que não cede. As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular, não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia lança mão do braço forte da oração.

«Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. Mas todos os que lançarem mãos das promessas de Deus, como fez Jacob, e forem tão fervorosos e perseverantes como ele o foi, serão bem-sucedidos como ele. ‘E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça.’ (Lucas 18:7-8).» (Ibidem, p. 203).