quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Sinal de Santificação


Introdução


Deus disse aos israelitas, por intermédio do profeta Ezequiel: «E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles: para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica» (20:12).

Por estas palavras vemos que o Sábado não é só um memorial da criação. É também um sinal de santificação. O mesmo será dizer um sinal de regeneração, de conversão e novo nascimento. Aqueles que se recusam a santificar o Sábado, ainda que se digam cristãos, não compreenderam o vasto alcance do seu significado e simbolismo em todo o plano da redenção. Porque o Sábado está ligado tanto à obra da criação como à da recriação ou regeneração. Tanto uma como a outra operadas pelo mesmo Senhor.

1. Sinal de Repouso Espiritual

 Além de servir como dia de descanso físico e para retempero das nossas energias, despendidas durante uma semana de trabalho, o Sábado é também um sinal de descanso espiritual. (Ver Mat. 11:28-29; Heb. 4:4-11). Aqueles que estão em paz com Deus, não se sentem sob constante pressão face aos afazeres desta vida presente. Sentirão o espírito desprendido para gozar da comunhão com Deus no Seu santo dia. Aquilo que têm a fazer é relegado para segundo plano, a fim de buscarem a Deus e a Sua justiça (Mat. 6:33). E ao fazerem isto não se sentirão decepcionados, antes pelo contrário, sentir-se-ão realizados e felizes por encontrarem o verdadeiro objectivo e sentido da vida. Estão-se preparando para a eternidade e tudo o que se relaciona com essa preparação os faz viver felizes e contentes, bem como em completa paz.

Quem aceitou Cristo como seu Salvador e Senhor, mudou de amo. O seu amo anterior estava empenhado em escravizá-lo no pecado, nas diversões mundanas e ruidosas, bem como na obsessão das coisas materiais. Não lhe deixava tempo para passar alguns momentos a sós com Deus. Agora que o seu novo amo é o Senhor Jesus, Ele o dirigirá «a águas tranquilas» (Sal. 23:2). Passará a sentir prazer em ter um encontro semanal com Deus, porque encontrou repouso para a sua alma no perdão dos seus pecados. O Senhor que o perdoou é também o Senhor do Sábado. E como tal o repouso do perdão está ligado ao repouso do Sábado. Bem-aventurados aqueles que obtêm este repouso. Os tais nunca lamentarão ou sentirão o repouso sabático como um fardo, mas antes como uma lembrança feliz do repouso que obtiveram quando sentiram estar perdoados dos seus pecados.

A obediência é um testemunho exterior da nossa aceitação de Cristo. É o resultado da nossa nova vida em Cristo. E nada melhor do que a observância do Sábado para indicar essa nova vida em Cristo, o qual é um sinal de santificação entre nós e Deus, o Criador. Sinal de santificação significa que fomos salvos, perdoados, santificados por Deus em Cristo Jesus.

2. O Teste Final

Imediatamente antes de Cristo vir à Terra, Satanás empenhar-se-á, com todas as suas forças, no sentido de prender nas suas malhas o maior número possível de seres humanos, homens, mulheres, jovens e crianças. Mediante engano, subterfúgio, ilusão, engodo e até prodígios no céu e na Terra levá-los-á a rejeitar todos os princípios divinos, enquanto pensam estar a rejeitar os princípios satânicos (Mat. 24:24). Ao mesmo tempo leva-os a abraçar, com toda a lealdade, os princípios por ele mesmo formulados. E aqueles que não se deixarem enganar serão marcados como desleais para com Deus e as autoridades, tanto nacionais como regionais ou locais. Será um tempo de grande provação. Os escolhidos do Senhor não terão qualquer evidência palpável de terem a protecção ou a presença de Deus com eles. Precisam de agir pela fé. Confiando inteiramente nas promessas de Deus não se conformarão às exigências das autoridades terrenas, porque sabem que se o fizessem estariam a conformar-se com os reclamos de sua majestade satânica. Sabem que não podem, de modo algum, trair o seu Senhor numa altura tão pejada de interesses eternos para todos os viventes terrestres. Compreendem, melhor do que nunca, que é preferível a morte a transgredirem qualquer dos santos mandamentos de Deus.


Mas todo esse esforço satânico se concentrará, preferentemente, no quarto mandamento – o mandamento que ordena a santificação do sétimo dia da semana como «o Sábado do Senhor, teu Deus» (Êxodo 20:10). E isto porque este é o mandamento que apresenta o Criador como o único Deus verdadeiro, e como tal o único a ter direito à adoração e homenagem das Suas criaturas. É o mandamento que contém o selo do Deus vivo, o qual identifica os que o guardam como filhos e filhas de Deus. E como tal os únicos a terem direito a entrar na cidade celestial pelas portas (Apoc. 22:14). «Declarai o que Deus disse com relação à mentira, à transgressão do Sábado, ao roubo, à idolatria e a todos os outros males. ‘Os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus’. (Gál. 5:21).» (Obreiros Evangélicos, p. 502).


«Não está longe o tempo quando virá a prova a cada alma. A observância do falso sábado será imposta sobre todos. A controvérsia será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos dos homens. Os que, passo a passo, se têm rendido às exigências mundanas e se conformado a costumes mundanos, render-se-ão então aos poderes existentes em vez de se sujeitarem à irrisão, ao insulto, às ameaças de prisão e morte. Nesse tempo o ouro será separado da escória. A verdadeira piedade será claramente distinguida da piedade aparente e fictícia. Muitas estrelas que temos admirado pelo seu brilho tornar-se-ão trevas. Os que têm cingido os ornamentos do santuário, mas não estão vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão então na vergonha da sua própria nudez.» (Profetas e Reis, p. 188).


«A questão do Sábado será o ponto de controvérsia no grande conflito em que o mundo todo tomará parte.» (Ellen G. White, Manuscrito 88, 1897).


«O Sábado do quarto mandamento é a prova para este tempo, ...» (Evangelismo, p. 213).

3. Sinal de Repouso Celestial 

O Sábado é ainda um sinal do repouso celestial. «Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus» (Heb. 4:9). Os que guardam o Sábado, aqui e agora, estão a preparar-se para o repouso celestial, porque com o repouso sabático presente, estãose desprendendo dos cuidados desta vida, para se fixarem nas coisas celestiais. E só os que assim agora procederem estarão aptos a apreciar as delícias da eternidade. Os que se recusam a submeter a Deus, observando o Seu santo Sábado, não achariam nada atraente a atmosfera celestial. Sentir-se-iam aí enfadados, por estarem privados das coisas que agora estimam e têm por satisfação suprema.

Deus não pretende nem pode levar para o Seu reino aqueles que agora recusam os princípios que aí governam. Ter vida eterna e imortal é para aqueles que aceitam as condições divinas. Se a vida presente está cheia de condições para tudo, porque nos admirar que haja condições para a vida eterna?

Se o Sábado foi dado apenas para os judeus, como muitos pretensos cristãos afirmam, então também o foram os outros mandamentos, tais como: «Não matarás, não furtarás, não adulterarás», etc. Nesse caso tais mandamentos não são de valor algum para os cristãos, não é verdade? São uns iludidos os que pensam poder ter a vida eterna e não obstante desobedecerem a um mandamento do Senhor.

Há hoje pessoas que se dizem cristãs e que estão no mesmo dilema em que se encontravam os judeus no tempo de Cristo:

- Eles pensavam que a salvação era somente para os judeus.

- Tais cristãos pensam que o Sábado foi somente para os judeus.

Ora nós sabemos que tanto a salvação como o Sábado são para todos os povos, sem excepção, para todo aquele que crer em Cristo como seu Salvador e Senhor.

O Sábado é uma verdade de origem divina. Aceitá-lo significa aceitar o Senhor que o originou. Rejeitá-lo significa rejeitar o Senhor Jesus. Portanto, da sua aceitação ou rejeição depende o nosso futuro eterno, pois Jesus Cristo mesmo disse: «Quem me rejeitar e as minhas palavras, também eu o rejeitarei (negarei) diante de meu Pai que está nos céus» (Marcos 8:38; Lucas 9:26).

Conclusão 

O poder que Deus manifestou em trazer à existência, do nada, tudo quanto existe, é o mesmo que pode transformar uma vida depravada em vida santificada. O indivíduo, que assim foi transformado, reconhece a sua dependência d’Aquele que assim o transformou, passando a viver segundo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Só o indivíduo que foi assim transformado está apto a observar o Sábado, que evidencia ou é símbolo da sua santificação. Por seu lado, Deus reconhece tal indivíduo como Seu e coloca sobre ele o Seu selo de aprovação. «Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus e, qualquer que profere o nome do Senhor aparte-se da iniquidade» (II Tim. 2:19).

(Manuel Nobre Cordeiro).

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O levantar do véu...


O jovem, alegre e despreocupado, quando abandonou a mansão paterna, pouco imaginou a dor e saudade deixadas no coração do pai. Quando dançava e folgava com os companheiros devassos, pouco meditava na sombra que caíra sobre a casa paterna. E agora, enquanto percorre o caminho de volta, com cansados e doloridos passos, não sabe que alguém aguarda a sua volta. Mas “quando ainda estava longe” o pai distingue o vulto. O amor tem bons olhos. Nem o definhamento causado pelos anos de pecados pode ocultar o filho aos olhos do pai. “E se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço” num abraço terno e amoroso. Lucas 15:20. {PJ 104.1}

O pai não permite que olhos desdenhosos vejam a miséria e as vestes esfarrapadas do filho. Toma de seus próprios ombros o manto amplo e valioso, e lança-o em volta do corpo combalido do filho, e o jovem soluça seu arrependimento, dizendo: “Pai, pequei contra o Céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho.” Lucas 15:21. O pai toma-o consigo e leva-o para casa. Não lhe é dada a oportunidade de pedir a posição do trabalhador. É um filho que deve ser honrado com o melhor que a casa pode oferecer, e ser servido e respeitado pelos criados e criadas. {PJ 104.2}

O pai diz aos servos: “Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.” Lucas 15:22-24. {PJ 104.3}

Em sua irrequieta juventude, o filho pródigo considerava o pai inflexível e austero. Que diferente é sua concepção dele agora! Assim também os engodados por Satanás consideram Deus áspero e severo. Vêem-nO esperando para os denunciar e condenar, como se não tivesse vontade de receber o pecador enquanto houver uma desculpa legítima para não o auxiliar. Consideram Sua lei uma restrição à felicidade humana, jugo opressor de que se alegram em escapar. Todavia o homem cujos olhos foram abertos por Cristo, reconhecerá a Deus como cheio de compaixão. Não lhe parece um tirano inexorável, mas um pai ansioso por abraçar o filho arrependido. O pecador, com o salmista, exclamará: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem.” Salmos 103:13. {PJ 104.4}

Na parábola não é acusada nem censurada a má conduta do filho pródigo. O filho sente que o passado está perdoado, esquecido e apagado para sempre. E assim fala Deus ao pecador: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem.” Isaías 44:22. “Porque perdoarei a sua maldade e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados.” Jeremias 31:34. “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Isaías 55:7. “Naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão.” Jeremias 50:20. {PJ 104.5}

Que segurança da voluntariedade de Deus em receber o pecador arrependido! Escolheste, caro leitor, teu próprio caminho? Vagaste longe de Deus? Aspiraste desfrutar os frutos da transgressão, só para vê-los desfazerem-se em cinzas nos lábios? E agora que os teus bens estão dissipados, teus planos malogrados e mortas as tuas esperanças, estás solitário e desolado? Agora, aquela voz que te falou longamente ao coração, mas para a qual não atentaste, chega a ti clara e distinta: “Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente.” Miquéias 2:10. Volta ao lar do Pai. Ele te convida, dizendo: “Torna-te para Mim, porque Eu te remi.” Isaías 44:22. {PJ 105.1}

Não dê ouvidos à sugestão do inimigo, de permanecer afastado de Cristo até que se faça melhor, até que você seja bastante bom para ir a Deus. Se esperar até lá, nunca você irá a Ele. Se Satanás te apontar as vestes imundas, repete a promessa de Jesus: “O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6:37. Dize ao inimigo que o sangue de Cristo purifica de todo o pecado. Faze tua a oração de Davi: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.” Salmos 51:7. {PJ 105.2}

Levante-se e vá ter com seu Pai. Ele irá ao seu encontro quando ainda estiver longe. Se aproximar-se um passo que seja, em arrependimento, Ele se apressará para cingi-lo com os braços de infinito amor. Seu ouvido está aberto ao clamor da alma contrita. O primeiro anseio do coração por Deus Lhe é conhecido. Jamais é proferida uma oração, por vacilante que seja, jamais uma lágrima vertida, por mais secreta, e jamais alimentado um sincero anelo de Deus, embora débil, que o Espírito de Deus não saia a satisfazê-lo. Antes mesmo de ser pronunciada a oração, ou expresso o desejo do coração, sai graça de Cristo para juntar-se à graça que opera na pessoa. {PJ 105.3}

Seu Pai celestial te tirará as vestes manchadas de pecados. Na bela profecia de Zacarias, o sumo sacerdote Josué, que estava em pé diante do anjo do Senhor, com vestimentas imundas, representa o pecador. E o Senhor disse: “Tirai-lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de vestes novas. ... E puseram uma mitra limpa sobre sua cabeça e o vestiram de vestes.” Zacarias 3:4, 5. Assim Deus o vestirá de “vestes de salvação”, e o cobrirá com o “manto da justiça”. Isaías 61:10. “Ainda que vos deiteis entre redis, sereis como as asas de uma pomba, cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo.” Salmos 68:13. {PJ 106.1}

Levá-lo-á à sala do banquete, e o Seu estandarte sobre você será o amor. Cantares 2:4. “Se andares nos Meus caminhos”, declara, “te darei lugar entre os que estão aqui”, mesmo entre os santos anjos que circundam Seu trono. Zacarias 3:7. {PJ 106.2}

“E, como o noivo se alegra com a noiva, assim Se alegrará contigo o teu Deus.” Isaías 62:5. “Ele Se deleitará em ti com alegria; calar-Se-á por Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo.” Sofonias 3:17. E o Céu e a Terra unir-se-ão ao Pai em cânticos de alegria: “Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.” Lucas 15:24. {PJ 106.3}

Até aqui, na parábola do Salvador, não há nota discordante para destoar a harmonia da cena de júbilo; agora, porém, Cristo introduz novo elemento. Ao voltar o filho pródigo, o primogênito estava “no campo”; e chegando-se à casa ouviu a música e a dança. Lucas 15:25. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que significavam essas coisas. Retrucou-lhe este: “Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar.” Lucas 15:27, 28. Este irmão mais velho não participara da ansiedade e expectativa do pai por aquele que se perdera. Não partilha por isso da alegria paterna pela volta do errante. Os cânticos de alegria não lhe inflamam contentamento ao coração. Pergunta a um servo pelo motivo da festa, e a resposta aviva-lhe o ciúme. Não quer entrar para dar as boas-vindas ao irmão perdido. O favor mostrado ao pródigo, considera-o um insulto a si próprio. {PJ 106.4}

Quando o pai sai para argumentar com ele, o orgulho e maldade de sua natureza são revelados. Expõe sua vida na casa paterna como um ciclo de serviço não reconhecido, e então contrasta de modo ingrato o favor mostrado ao filho que acabava de voltar. Demonstra que seu serviço era antes o de servo e não de filho. Ao passo que devia ter constante alegria na presença do pai, seus pensamentos estavam dirigidos aos lucros a serem acumulados por sua vida circunspecta. Suas palavras mostram que por essa razão se privou dos prazeres do pecado. Agora esse irmão deve partilhar das dádivas do pai, o filho mais velho julga que lhe fazem injustiça. Inveja a boa acolhida proporcionada ao irmão. Mostra claramente que se estivesse na posição do pai não receberia o pródigo. Nem mesmo o reconhece como irmão, porém dele fala friamente como “teu filho”. Lucas 15:30. {PJ 106.5}

Contudo, o pai tratou-o com brandura. “Filho”, diz ele “tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas.” Lucas 15:31. Durante todos esses anos da vida dissoluta de teu irmão, não tiveste o privilégio de minha companhia? {PJ 107.1}

Tudo que podia favorecer a felicidade de seus filhos, estava-lhes à disposição. O filho não precisa esperar uma recompensa ou dádiva. “Todas as minhas coisas são tuas.” Só deves confiar em meu amor, e tomar o dom que é oferecido gratuitamente. {PJ 107.2}

Um filho rompera algum tempo com a família por não discernir o amor do pai. Mas agora voltara, e a onda de alegria varre todo pensamento perturbante. “Este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.” Lucas 15:32. {PJ 107.3}

Foi levado o irmão mais velho a ver seu espírito mesquinho e ingrato? Chegou a reconhecer, que embora o irmão tivesse agido impiamente, era, ainda e sempre, seu irmão? Arrependeu-se o irmão mais velho de seu amor-próprio e dureza de coração? Com referência a isso, Jesus guardou silêncio. A parábola ainda não terminara, e restava que os ouvintes determinassem qual seria o epílogo. {PJ 107.4}

Pelo irmão mais velho foram representados os impenitentes judeus contemporâneos de Cristo, como também os fariseus de todas as épocas, que olhavam com desprezo àqueles que consideravam publicanos e pecadores. Porque eles mesmos não caíram no mais degradante vício, enchiam-se de justiça própria. Jesus enfrentou essa gente ardilosa em seu próprio terreno. Como o filho mais velho da parábola, desfrutavam de especiais privilégios de Deus. Diziam-se filhos na casa de Deus, mas tinham o espírito de mercenários. Não trabalhavam movidos por amor, mas pela esperança de recompensa. A seus olhos, Deus era um feitor severo. Viam como Cristo convidava os publicanos e pecadores para receber livremente as dádivas de Sua graça — dádivas que os rabinos pensavam assegurar-se somente por trabalho e penitência — e ofenderam-se. A volta do filho pródigo, que encheu o coração paterno de alegria, provocava-lhes o ciúme. {PJ 107.5}

Na parábola, a intercessão do pai junto do primogênito era o terno apelo do Céu aos fariseus. “Todas as Minhas coisas são tuas” — não como salário mas como dádiva. Como o pródigo, somente podeis recebê-las como concessões imerecidas do amor paterno. {PJ 107.6}

A justiça própria conduz os homens não somente a representar a Deus falsamente, como os torna impiedosos e críticos para com seus irmãos. O filho mais velho, em seu egoísmo e inveja, estava pronto a observar o irmão, criticar todas as suas ações, e culpá-lo da menor falta. Acusaria todo engano e exageraria quanto possível todo ato errado. Desse modo pretendia justificar seu espírito irreconciliável. Muitos fazem hoje o mesmo. Enquanto a pessoa enfrenta a primeira luta contra um turbilhão de tentações, estão ao lado de zombeteiros, obstinados, reclamando e acusando. Podem professar ser filhos de Deus, mas manifestam o espírito de Satanás. Por seu procedimento para com os irmãos, estes acusadores se colocam onde Deus não pode fazer brilhar a luz de Seu semblante. {PJ 108.1}

Quantos não perguntam constantemente: “Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus altíssimo? Virei perante Ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-Se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite?” Miquéias 6:6, 7. Mas “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6:8. {PJ 108.2}

Esse é o culto que o Senhor escolheu: “Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo... e não te escondas daquele que é da tua carne.” Isaías 58:6, 7. Quando vos considerardes pecadores salvos unicamente pelo amor do Pai celestial, então tereis amor e compaixão por outros que sofrem no pecado. Então não mais defrontareis a miséria e o arrependimento com ciúme e censura. Quando o gelo do amor-próprio se derreter de vosso coração, estareis em simpatia com Deus, e partilhareis de Sua alegria na salvação do perdido. {PJ 108.3}

Verdade é que professas ser filho de Deus; porém, se esta declaração for verdade, é “teu irmão”, que estava “morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado”. Lucas 15:32. Ele se acha ligado a ti pelos vínculos mais íntimos; porque Deus o reconhece como filho. Nega teu parentesco com ele, e mostrarás que és apenas mais um empregado na casa paterna, não um filho da família de Deus. {PJ 108.4}

Embora não te associes à recepção ao pródigo, a alegria prosseguirá, o restaurado tomará seu lugar ao lado do Pai e em Sua obra. Aquele a quem muito se perdoou, ama também muito. Tu, porém, estarás fora, nas trevas; pois “aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. 1 João 4:8. {PJ 108.5}

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A função do Espírito Santo

“Cristo declarou que, após Sua ascensão, enviaria Seu Dom coroador à igreja — o Consolador —, que ocuparia Seu lugar. Esse Consolador é o Espírito Santo — a alma de Sua vida, a eficiência de Sua igreja, a luz e a vida do mundo. Com Seu Espírito, Cristo envia uma influência reconciliadora e um
poder que remove o pecado.


“No dom do Espírito, Jesus deu ao homem o maior bem que o Céu poderia conceder. [...]
“É o Espírito que concretiza o que foi operado pelo Redentor do mundo. É pelo Espírito que o coração se torna puro. Através do Espírito, o crente se torna participante da natureza divina. Cristo concedeu Seu Espírito como um divino poder a fim de superar todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para imprimir Seu próprio carácter sobre a igreja.” — The Review and Herald, 19 de maio de 1904.


“São unicamente a vida de Jesus Cristo no ser, o princípio activo do amor concedido pelo Espírito Santo, que tornarão a alma frutífera em boas obras.” — cooperemos como Espírito Santo e entreguemos nossos corações completamente ao Seu controle. Quando o Espírito operar em nossos corações, seremos atraídos para mais perto uns dos outros e desejaremos compartilhar as bênçãos que temos recebido. Que o Senhor nos ajude a nos unir de todo o coração aos nossos irmãos, pedindo que o poder do Espírito Santo vá à nossa frente, espalhando as boas novas da breve vinda de Jesus.


“A dispensação em que vivemos agora é para ser a dispensação do Espírito Santo àqueles que  suplicam. Clame por essa bênção. É hora de sermos mais fervorosos em nossa devoção.


Foi-nos confiada a árdua, mas feliz e gloriosa obra de revelar Cristo àqueles que estão em trevas. Somos chamados a proclamar as verdades especiais para este tempo. O derramamento do Espírito é essencial para todas essas coisas. Devemos orar por isso. O Senhor espera que O procuremos. Não temos sido fervorosos nesta obra.” — The Reviewand Herald, 2 de março de 1897.


“Em todas as reuniões em que comparecermos, nossas preces devem ser feitas no sentido de que, neste instante, Deus conceda fervor e ânimo a nosso coração. Ao irmos ao Senhor em busca do Espírito Santo, Ele operará em nós mansidão e humildade, assim como uma dependência consciente em Deus para que nos conceda a aperfeiçoadora chuva serôdia. Se orarmos com fé pela bênção, ela nos será dada de acordo com a promessa de Deus.” — Testemunhos para ministros, p. 509.


Deus, porém, revelou-as a nós pelo Seu Espírito. Pois o Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus (1 Coríntios 2:10).

O Espírito Santo toma das coisas de Deus e as revela àquele que fervorosamente busca o celestial tesouro. Se cedermos à Sua orientação, Ele nos guia a toda luz. — The Review and Herald, 15 de dezembro de 1896.Esc.s. m.r.

domingo, 7 de outubro de 2018

A tentar e distrair

Existe engano e sedução por todo o lado, atentar distrair aqueles que se estão a preparar para o encontro com Seu Senhor.

Introdução ao Apocalipse Capítulo 4 e 5 O apóstolo vê o trono de Deus, com outros tronos em redor, vê as lâmpadas de fogo do Santuário. Este capítulo é uma introdução ao capítulo seguinte que apresenta o desenrolar dos acontecimentos dentro do Santuário Celestial. O ministério de Cristo na realização das provisões para salvar o Seu povo é ministrado junto ao trono do Pai, no Céu.

Toda a decisão que ali é tomada está de acordo com o nosso procedimento diário, e por isso, diante de Deus, toda a responsabilidade das decisões ali tomadas, recaem sobre nós, porque são da nossa livre vontade que sejam assim.

…No tribunal divino tudo começa com a formação de um processo. Há livros onde tudo está registado: ações, palavras e pensamentos. O que ficou oculto aos homens não ficou oculto perante Deus.

Foi aberta a sessão do tribunal divino na presença dos milhares de anjos e dos remidos que ascenderam ao Céu com Cristo. Cristo recebe da mão de Deus.

O livro onde se encontra registada a ocorrência, lê o livro, ouvem-se as testemunhas (os anjos), Cristo advoga a defesa dos Seus filhos e finalmente decide e pronuncia a sentença sobre eles.

- Satanás tudo fez para os destruir e serem condenados por Deus, mas o Eterno sacrifício fito pelo Pai e pelo Filho, abriram a oportunidade para o pecador arrependido. “Tal nome permanecerá no livro da vida ou dele é apagado (‘aceitam-se nomes e rejeitam-se nomes’, conforme diz a profetisa do Senhor no Conflito dos Séculos, edição portuguesa, página 354), uns são absolvidos, outros são condenados. A situação é como no antigo Israel no dia da expiação: um dia de juízo.

Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali  comparece à presença de Deus a fim de Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol do  homem, a saber: realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se  verificarem com direito aos benefícios da mesma.
GC 480.

A linguagem humana é incapaz de descrever toda a solenidade ligada a esse importante  acontecimento que se iniciou em 22 de Outubro de 1844, no fim dos 2300 anos proféticos de Daniel 8:14. “A visão do Profeta Daniel: “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;
e o santuário será purificado. Daniel 8:14” Fim dos 2.300 dias Ellen White foi-lhe mostrada os  acontecimentos desse tempo específico. “ Vi um trono, e assentados nele estavam o Pai e o Filho.

Contemplei o semblante de Jesus e admirei Sua adorável pessoa. Não pude contemplar a pessoa do Pai, pois uma nuvem de gloriosa luz O cobria. Perguntei a Jesus se Seu Pai tinha forma dEle, Jesus disse que sim, mas eu não poderia contemplá-Lo, pois disse: “Se uma vez contemplares a glória de  Sua pessoa, deixarás de existir.” Perante o trono vi o povo do advento — a igreja e o mundo. Vi dois  grupos, um curvado perante o trono, profundamente interessado, enquanto outro permanecia  indiferente e descuidado. Os que estavam dobrados perante o trono ofereciam suas orações e olhavam para Jesus; então Jesus olhava para Seu Pai, e parecia que estava a interceder por Eles. [P.e pag. 55]

Uma luz ia do Pai para o Filho e do Filho para o grupo em oração. Vi então uma luz excessivamente  brilhante que vinha do Pai para o Filho e do Filho ela se irradiava sobre o povo perante o trono. Mas  poucos recebiam esta grande luz.

Muitos saíam de sob ela e imediatamente resistiam-na; outros eram descuidados e não estimavam a luz, e se afastava deles. Alguns apreciavam-na, e iam e se curvavam com o pequeno grupo em  oração. Todo este grupo recebia a luz e se regozijava com ela, e seu semblante brilhava com glória.

Vi o Pai erguer-Se do trono* e num flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro do véu, e  assentar-Se. Então Jesus Se levantou do trono e a maior parte dos que estavam curvados ergueram-se  com Ele. Não vi um raio de luz sequer passar de Jesus, para a multidão descuidada depois que Ele Se  levantou, e eles foram deixados em completas trevas.

Os que se levantaram quando Jesus o fez, conservavam os olhos fixos nele ao deixar Ele o trono e  levá-los para fora a uma pequena distância. Então Ele ergueu o Seu braço direito, e ouvimo-Lo dizer  com Sua amorável voz: “Esperai aqui; vou a Meu Pai para receber o reino; guardai os vossos vestidos  sem mancha, e em breve voltarei das bodas e vos receberei para Mim mesmo.” Então um  carro de nuvens, com rodas como flama de fogo, *Ver pág. 92. 74 - Fim dos 2.300 dias - 75, circundado   por anjos, veio para onde estava Jesus. Ele entrou no carro e foi levado para o santíssimo, onde o Pai  Se assentava. Então contemplei a Jesus, o grande Sumo Sacerdote, de pé perante o Pai. Na  extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Os que se levantaram com Jesus enviavam sua fé a Ele no santíssimo, e oravam: “Meu Pai, dá-nos o  Teu Espírito.” Então Jesus assoprava sobre eles o Espírito Santo . Neste sopro havia luz, poder e  muito amor, gozo e paz. [P.e 56]

Voltei-me para ver o grupo que estava ainda curvado perante o trono; eles não sabiam que Jesus o  havia deixado. Satanás parecia estar junto ao trono, a procurar conduzir a obra de Deus.

Vi-os erguer os olhos para o trono e orar: “Pai, dá-nos o Teu Espírito.” Satanás inspirava-lhes uma  influência malévola; nela havia luz e muito poder, mas não suave amor, gozo e paz. O objectivo de  Satanás era mantê-los enganados e atrair de novo e enganar os filhos de Deus.
 * *
* * *
Junto ao trono central estão quatro seres viventes analisando a justiça divina e em torno deles  encontram-se os vinte e quatro anciãos sentados sobre tronos assistindo a todo o processo. Milhares  de milhares e milhões de milhões de anjos conferem os livros. Da mão do presidente e juiz de toda a  Terra o Filho de Deus recebe o livro, abre-o e lê e pronuncia a solene decisão dos destinos de todos.

- Por um Lado Jesus intercede por Seu Povo e Seu Pai toma a decisão e a dá a Seu Filho para Ele  declarar a sentença.

“A visão do trono Começa aqui no capítulo 4 de Apocalipse uma nova visão, uma nova cena que  descreve um vislumbre do trono de Deus. João viu uma porta aberta no Céu e por essa porta ele  contemplou o Santuário Celestial e viu a sala do trono onde lhe foram apresentadas as grandes cenas  do julgamento.

Com base na autoridade das Escrituras Sagradas, Cristo entrou no santuário celestial para realizar o Seu ministério de mediador (Hebreus 7:22-28), primeiro, entrou no lugar santo, onde esteve 1810  anos e depois passou para o lugar santíssimo em 1844. A intercessão de Cristo no Céu, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como foi a Sua morte na cruz do Calvário.

Uma parte é o seguimento da outra. Pela Sua morte, iniciou a expiação e depois da Sua ressurreição,  ascendeu ao Céu e como nosso Precursor, entrou no interior do véu (Hebreus 6:20), onde se acha  investido de Sumo- sacerdote, para interceder por nós diante do trono do Pai, os benefícios da Sua  morte.

A cruz que parecia ser um problema, tornou-se a solução. Agora, já não é necessário mais nenhum sacrifício. Bastou um único sacrifício pelos pecados, uma vez por todas (Hebreus 9:26-28).

João contemplou um grande tribunal onde as providências de Deus em favor do homem seriam  tomadas. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba  segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2 Coríntios 5:10 Mas tu, por que julgas  teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o  tribunal de Cristo. Romanos 14:10”--

 A porta aberta no Céu, não se refere ao próprio Céu, como no caso de S. Estêvão em Atos 7:56, mas sim, a um compartimento no Céu - o Santuário, com seus móveis: o trono de Deus, as lâmpadas de  fogo em número de sete (Apocalipse 4:5).

Nos dias de João, a porta que o Santuário tinha aberta era a do lugar santo, porque foi para aí que  nosso Salvador se dirigiu em Sua obra sacerdotal; hoje essa porta encontra-se fechada. Há entretanto,  outra porta aberta, a do lugar santíssimo, porque para este compartimento se dirigiu Jesus para oficiar  o serviço da expiação final.

UM TRONO NO CÉU
Vamos ver. Há uma semelhança entre esta visão de João e a visão de Daniel,  capítulo 7, versos 9 a 14.

Ambas as visões apresentam um trono e corresponde ao mesmo trono, o trono da graça no santuário celestial. É nesse trono que se assenta Deus, é ali, em frente ao trono, que  se realiza o ministério de Cristo, a intercessão em favor da Sua igreja. Também é ali que o julgamento  da humanidade se processa. Já começou o julgamento pela casa de Deus, e ali são  tomadas as grandes decisões relativas ao plano da salvação.

Ali, está a arca do Seu concerto  (Apocalipse 11:19), contendo a sagrada lei que preside ao juízo, ali são abertos os livros de registo de  toda a humanidade, para serem avaliados pela lei de Deus.

O TRONO DA GRAÇA OU O DA GLÓRIA?
E assentar-Se-á, e dominará no Seu trono, e será sacerdote no Seu trono. Agora não está no trono de Sua glória; o reino de glória ainda não foi inaugurado. Só depois que termine a Sua obra como  mediador, Lhe dará Deus,o trono de Davi, Seu pai;, reino que não terá fim. Luc. 1:32 e 33. Como  sacerdote, Cristo está agora assentado com o Pai em Seu trono (Apoc. 3:21). EGW em GC 416-417.

A DIFERENÇA ENTRE O TRONO DA GRAÇA E O TRONO DA GLÓRIA
- Trono da graça representa o Poder de Deus diante do Universo, para justificar o pecador  arrependido, graças ao sacrifício de Seu Filho, porque para isso Se ofereceu. “… Diz o apóstolo:  Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar  graça. Heb. 4:16.

a) O reino da graça foi instituído imediatamente depois da queda do homem,  quando fora concebido um plano para a redenção da raça culpada. Existiu ele então no propósito de  Deus e pela Sua promessa; e mediante a fé os homens podiam tornar-se súditos seus. Contudo, não  foi efetivamente estabelecido antes da morte de Cristo.

d) “Quando, porém, o Salvador rendeu a vida,  e em Seu último alento clamou: Está consumado; assegurou-se naquele instante o cumprimento  do plano da redenção. Ratificou-se a promessa de libertamento, feita no Éden, ao casal  pecador. O reino da graça, que antes existira pela promessa de Deus, foi então estabelecido. GC  347-348. 

- Trono da Glória trono Eterno de domínio de Deus através de Seu Filho. Jamais a o pecado se levantará para impedir a eternidade do Reino de Deus sobre todo o Universo.

e) … Quando o Filho  do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono de  Sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele. Mat. 25:31 e 32. Este reino está ainda no futuro. Não será estabelecido antes do segundo advento de Cristo.” GC 347-348.

O arco que rodeia o trono Como o arco na nuvem é formado pela união da luz solar e da chuva assim  também o arco-íris que rodeia o trono representa a força combinada da misericórdia e da justiça.

Não  é apenas a justiça que deve ser mantida; pois isso eclipsaria a glória do arco-íris da promessa sobre o trono; pois só poderia ver a penalidade da lei. Não houvesse justiça, não houvesse penalidade, e não haveria estabilidade no governo de Deus. É a união do juízo com a misericórdia que torna a salvação ampla e completa. Carta 1, 1890. CB 6:1071-1072.

O arco iris é um sinal de misericórdia No Céu, uma semelhança de arco-íris rodeia o trono, e estende-se como uma abóbada por sobre a cabeça de Cristo. Diz o profeta: Como o aspecto do arco que  aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor [do trono]. Este era o  aspecto da semelhança da glória do Senhor. Ezeq. 1:28.

O escritor do Apocalipse declara: Eis que um  trono estava posto no Céu, e Um assentado sobre o trono. ... E o arco celeste estava ao redor do  trono, e parecia semelhante à esmeralda. Apoc. 4:2 e 3. Quando o homem pela sua grande impiedade convida os juízos divinos, o Salvador, a interceder junto do Pai em seu favor, aponta para o arco nas nuvens, para o arco celeste em redor do trono e acima de Sua cabeça, como sinal da misericórdia de  Deus para com o pecador arrependido. PP 107.

O arco-íris ao redor do trono é uma garantia de que Deus é fiel; de que nele não há mudança nem  sombra alguma de variação. Pecamos contra Ele e somos imerecedores de Seu favor; contudo Ele  próprio nos pôs nos lábios aquela tão maravilhosa súplica: Não nos rejeites por amor do Teu nome;  não abatas o trono da Tua glória; lembra-Te, e não anules o Teu concerto connosco. Jer. 14:21.

Ele próprio Se obrigou a atender ao nosso clamor, quando nos chegamos a Ele confessando nossa  indignidade e pecado.

A honra de Seu trono está posta como penhor do cumprimento de Sua palavra a nós. TS 3:213. Os  sinais são pronuncio de que estes acontecimentos brevemente irão acontecer. É urgente o preparo, para que não sejamos achados em falta.

Existe engano e sedução por todo o lado, tentando distrair aqueles que se estão preparando para o  encontro com Seu Senhor.

Qual é o maior mistério para a mente humana? Jó 11:7; Isaías 40:28. Jó 11:7

— Poderás descobrir as  profundezas de Deus? Poderás descobrir a perfeição do Todo-Poderoso? Is 40:28

— Não sabes? Não  ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da Terra, não Se cansa nem Se fatiga? O  Seu entendimento é insondável.Que ninguém, com mão presunçosa, tente erguer o véu que esconde a  glória [de Deus]. “Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutável, os Seus caminhos!”  (Romanos 11:33). O fato do Seu poder estar oculto é uma prova de Sua misericórdia, pois erguer o  véu que esconde a presença divina é morte certa. Nenhuma mente humana pode penetrar no  esconderijo onde o Todo- Poderoso habita e actua. Somente aquilo que Ele acha adequado revelar é  que podemos compreender a Seu respeito. ciência do bom viver, p. 438. Como podemos compreender  as coisas de Deus? Deuteronômio 29:29.

— As coisas encobertas pertencem ao Senhor  nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que obedeçamos a  todas as palavras desta Lei. A revelação que Deus oferece de Si mesmo em Sua Palavra é para ser  estudada. Temos de procurar compreendê-la. Mas não devemos penetrar além disso. A inteligência  mais privilegiada pode se esforçar até o esgotamento em especulações a respeito da natureza de
Deus;  mas o esforço será inútil. A solução para esse problema não foi concedida a nós.

Nenhuma mente humana pode compreender Deus. O ser humano finito não deve tentar interpretá-lo. Ninguém deve alimentar especulações .1 com respeito à natureza divina.
Nesse assunto, o silêncio é eloquência . 2 O Onisciente está acima de qualquer debate.

— Testemunhos para a igreja, vol. 8, p. 279. esc. s .m.r

A verdade só se encontra na Bíblia Jesus disse: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade." João 17.17

QUE MARAVILHA A REVELAÇÃO DIVINA!

Quem é que Deus usa para nos revelar as coisas referentes à Sua própria Pessoa? Por que esse Agente divino é fundamental até mesmo nos dias de hoje?

"Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus." ( 1 Coríntios 2:10 )

Deus revelou-as pelo Seu Espírito. [...]
O Espírito Santo enviado do Céu pela bondade do infinito amor, toma as coisas de Deus e as revela a todo aquele que tiver absoluta fé em Cristo. Pelo Seu poder, as verdades vitais das quais depende a salvação são impressas na mente, e o caminho da vida torna-se tão claro que ninguém precisa se desviar dele.

Devemos estudar as Escrituras e orar para que a luz do Santo Espírito de Deus ilumine a Palavra a fim de vermos e apreciarmos as suas jóias. — Parábolas de Jesus, p. 113.

Na Sua Palavra, Deus concedeu aos homens o conhecimento necessário para a salvação.
As Sagradas Escrituras devem ser aceitas como uma revelação autorizada e infalível da Sua vontade. Elas formam o padrão de carácter, o meio pelo qual a doutrina é revelada, e a prova da experiência. [...] Contudo, o fato de Deus ter desvendado a Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra não tornou desnecessárias a presença e a orientação contínuas do Espírito Santo. Pelo contrário, o Espírito foi prometido pelo nosso Salvador com o objectivo de abrir a Palavra aos Seus servos, e para esclarecer e aplicar os seus ensinamentos. A maravilhosa graça de Deus.

De que modo as Sagradas Escrituras foram escritas, e por quê?
2 Pedro 1:21; Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo.
Romanos 15:4 — Porque tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para a nossa instrução, para que tenhamos esperança por meio da perseverança e do ânimo que provêm das Escrituras.
2 Timóteo 3:16 — Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, repreender, corrigir e para instruir em justiça.

A Bíblia aponta Deus como o seu Autor, mas foi escrita por mãos humanas; e no estilo variado dos seus diferentes livros, apresenta as características [pessoais] dos diversos escritores. As verdades reveladas são todas divinamente inspiradas (2 Timóteo 3:16); no entanto, expressas por palavras humanas.

Por meio do Seu Santo Espírito, o Infinito iluminou a mente e o coração dos Seus servos. — A fé pela qual eu vivo, p. 10.
1 Especulação: Estudo teórico, baseado predominantemente no raciocínio abstrato; conjectura sem base em fatos concretos.
2 Eloquência: Poder de usar tão bem a palavra a ponto de convencer as pessoas.

A inspiração não age sobre as palavras ou expressões humanas, mas sobre o próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é inundado por pensamentos.

Mas as palavras recebem a impressão da mente individual. [...] A mente e a vontade divinas são combinadas com a mente e a vontade humanas. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, pp. 945 e 946. e.s.mr

Que o Deus Eterno a todos abençoe.

sábado, 2 de junho de 2018

Compendio de extractos do ES











































Fundamentos da Educação Cristã

"Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte." I Ped. 5:5 e 6. Toda a vossa exaltação própria opera o resultado natural e vos reveste de um caráter que Deus não pode aprovar por um momento sequer. "Sem Mim - disse Cristo - nada podereis fazer." João 15:5. Trabalhai e ensinai; trabalhai segundo as normas de Cristo, e assim jamais labutareis em vossa própria e deficiente habilidade, mas tereis a cooperação do divino, combinado com a aptidão humana conferida por Deus. "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, e vigiai [não em chutar futebol e adestrar-vos nos condenáveis jogos que deveriam fazer todo cristão enrubescer-se de mortificação ao refletir sobre isso]. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." I Ped. 5:7 e 8. Sim, ele está em vosso pátio de recreio observando vossas diversões, agarrando toda alma que se acha desprevenida, lançando suas sementes em mentes humanas e controlando o intelecto humano. Por amor a Cristo, fazei uma parada no Colégio de Battle Creek e considerai o efeito sobre o coração, o caráter e os princípios, dessas diversões copiadas dos costumes de outras escolas. Tendes estado progredindo firmemente nos caminhos dos gentios, e não segundo o exemplo de Jesus Cristo. Satanás está no terreno da escola; acha-se presente em cada exercício na sala de aula. Os alunos cuja mente ficou profundamente agitada com os jogos não se encontram na melhor condição para receber a instrução, o conselho e a repreensão, que encerram a maior importância para eles nesta vida e para a futura vida imortal.
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Fundamentos da Educação Cristã

estais preparando para cooperar com Deus? "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós". Tia. 4:8. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós". Tia. 4:7. Estude-se cuidadosamente a alimentação; ela não é saudável. Os diversos pratos preparados como sobremesas são prejudiciais, em vez de benéficos e saudáveis; e, segundo a luz que me tem sido dada, deve haver uma decidida modificação no preparo dos alimentos. Deve haver uma cozinheira hábil e meticulosa que proporcione aos alunos esfaimados ampla provisão de pratos substanciosos. A educação no sentido de suprir as mesas não é correta, salutar ou satisfatória, e é necessário haver uma decidida reforma. Esses alunos são a herança de Deus, e devem ser introduzidos no internato os mais sólidos e salutares princípios no tocante ao regime alimentar. Os pratos de comidas brandas, as sopas e os alimentos líquidos, ou o uso abundante da carne, não são o que há de melhor para proporcionar bons músculos e órgãos digestivos sadios, ou cérebros lúcidos. Oh! como somos tardos para aprender! De todas as instituições de nosso mundo, a escola é a mais importante! Nela deve ser estudada a questão da alimentação; não se deve seguir o apetite, os gostos, os caprichos ou as idéias de pessoa alguma; não obstante, é necessário uma grande reforma; pois danos que durem toda a vida serão o seguro resultado da atual maneira de cozinhar. De todas as posições de importância no referido colégio, a principal é a da pessoa que dirige a preparação dos pratos a serem colocados diante dos alunos esfomeados; pois, se houver negligência neste trabalho, a mente não estará preparada para realizar a sua obra, por haver sido o estômago tratado imprudentemente e não poder trabalhar como convém. Necessitam-se inteligências vigorosas. O intelecto humano precisa expandir-se, e adquirir vigor, agudeza e atividade. Deve-se obrigá-lo a fazer trabalho árduo, pois do contrário tornar-se-á débil e ineficiente. É necessário energia cerebral para pensar com mais afinco; deve-se exigir do cérebro o máximo a fim de resolver e dominar problemas difíceis, se não haverá um decréscimo de vigor mental e da capacidade de pensar. A mente deve idear, trabalhar e esforçar-se a fim de dar solidez e vigor ao intelecto; e se os órgãos
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Maranata! - Meditação Matinal

Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separa- do de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido, mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdi- dos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Então prontos para receber suas sugestões e executar-Lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legitimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si , mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tornar a cidade, reavendo seu trono e reino. - GC, 660.
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O Lar Adventista

Próximo ao fim da história da Terra, Satanás atuará com todo o seu poder da mesma maneira e com as mesmas tentações com que tentou o antigo Israel justo antes de entrarem na Terra Prometida. Ele armará laços para os que declaram guardar os mandamentos de Deus, e que estão quase nos limites da Canaã celestial. Ele utilizará ao máximo as suas faculdades a fim de enredar as almas e apanhar o povo de Deus em seus pontos mais fracos. Os que não têm colocado as paixões subalternas em sujeição às faculdades mais altas do ser, que têm permitido seja sua mente um canal de condescendências carnais das paixões mais baixas, a estes Satanás está determinado a destruir com suas tentações, a poluir-lhes a alma com licenciosidade. Ele não visa especialmente alvos mais baixos e menos importantes, mas faz uso de seus enganos por meio daqueles a quem pode contar como seus instrumentos para seduzir ou atrair os homens para que se entreguem a liberdades que são condenadas na lei de Deus. E homens em posições de responsabilidade, que ensinam os reclamos da lei de Deus, cuja boca está cheia de argumentos em vindicação da lei de Deus, e sobre os quais Satanás tem feito tal incursão - sobre estes ele acumula suas diabólicas faculdades e seus instrumentos para que operem de molde a vencê-los em seus pontos fracos de caráter, sabendo que quem transgride um ponto se torna culpado de todos, obtendo assim completo domínio sobre o homem todo. A mente, a alma, o corpo e a consciência são envolvidos na ruína. Se ele é um mensageiro da justiça, e tem recebido grande luz, ou se o Senhor o tem usado como obreiro especial na causa da verdade, quão grande então é o triunfo de Satanás! Como ele exulta! Como Deus é desonrado! Review and Herald, 17 de maio de 1887.
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Primeiros Escritos

Os pastores pregam coisas agradáveis para convirem a esses que professam a religião de um modo carnal. Não ousam pregar a Jesus e as verdades incisivas da Bíblia; pois, se assim fizessem, esses que carnalmente são professos da religião não permaneceriam na igreja. Mas, sendo que muitos deles são ricos, deverão ser conservados, embora não estejam mais em condições de ali se achar do que Satanás e seus anjos. Isto é exatamente como Satanás desejava. Faz-se com que a religião de Jesus pareça popular e honrada aos do mundo. Declara-se ao povo que aqueles que professam a religião serão mais honrados pelo mundo. Tais ensinos diferem mui grandemente dos de Cristo. Sua doutrina e o mundo não podiam estar em paz. Aqueles que O seguiam tinham de renunciar o mundo. Estas coisas agradáveis originaram-se com Satanás e seus anjos. Eles formularam o plano, e cristãos de nome o levaram a efeito. Ensinavam-se fábulas aprazíveis e com facilidade eram recebidas; e hipócritas e declarados pecadores uniram-se com a igreja. Se a verdade tivesse sido pregada em sua pureza, logo teria excluído esta classe. Não havia, porém, diferença entre os professos seguidores de Cristo e o mundo. Vi que se a falsa cobertura tivesse sido retirada dos membros das igrejas, seriam reveladas tais iniqüidades, vilezas e corrupção, que o mais tímido filho de Deus não teria hesitado em chamar a esses professos cristãos pelo seu verdadeiro nome, filhos de seu pai, o diabo; pois suas obras o atestavam.
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