quinta-feira, 23 de março de 2023

As três Mensagens angélicas

 

Introdução



A compreensão das três mensagens angélicas que vamos estudar, é de vital importância, pois estas mensagens destinam-se a todos os habitantes da Terra.

"Foram-me mostrados três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: " Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das pessoas depende da maneira em que são elas recebidas."  - Livro Primeiro Escritos pag.258-259; TS 2:156.

Importa que a boa nova da salvação ou evangelho eterno seja proclamado em todos os povos da Terra. Num tempo em que todo o mundo está em trevas e desencaminhado por sistemas do erro e falsas doutrinas, é urgente esclarecer o povo do que consta o evangelho eterno, ou seja, aquelas verdades que guiaram o povo de Deus desde o princípio do mundo, são verdades ainda hoje.

E as consequências do anúncio deste evangelho se prolongarão pela eternidade. Assim, importa que a forma do verdadeiro culto, a espiritualidade da lei de Deus, a observância dos dez mandamentos, a santificação do sábado conforme ordena o 4.o mandamento em

oposição ao falso dia de descanso do primeiro dia - o domingo e a obra de Cristo como sacerdote e advogado no Céu, o significado do juízo investigativo em andamento e a queda espiritual das igrejas apóstatas, etc., sejam divulgadas em sua pureza.

Não se prevê que todo o mundo se vá converter, mas que todas as nações ouvirão a advertência final, todos deverão ter a sua última oportunidade.

O significado dos três anjos ?

O povo remanescente de Deus é escolhido para anunciar ao mundo estas mensagens solenes, representadas por anjos a voar pelo meio do céu.

É certo que anjos literais também ajudam os santos de Deus empenhados na sagrada tarefa de proclamar o evangelho puro e eterno. Anjos invisíveis conduzem os servos de Deus às casas onde almas sinceras estão orando em busca da verdade e assistem aos santos em suas tarefas. Mas, não é aos anjos literais que cabe darem estas mensagens.

Portanto, estes três anjos têm caráter simbólico, representam sucessivas organizações religiosas que foram por Deus encarregadas de executar esta obra.

"Quando Deus envia aos homens advertências tão importantes que são representadas como proclamadas por santos anjos a voar pelo meio do céu, Ele requer que toda pessoa dotada de faculdade de raciocínio atenda à mensagem." - GC 594.

"Os três anjos de Apocalipse 14 representam o povo que aceita a luz das mensagens de Deus, e vão como agentes Seus fazer soar a advertência por toda a extensão e largura da Terra." - livro Testemunhos Seleto vol. 2pag.156.

( E também no livro A Exposição Profética do Apocalipse é uma série de estudos do Apocalipse aplicados aos nossos dias. Pag.207 )


Qual a importância do estudo de Apocalipse em ligação com Daniel?

"Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá. ... Nós, com todas as nossas vantagens religiosas, deveríamos conhecer hoje muito mais do que conhecemos. Anjos desejam contemplar as verdades reveladas ao povo que com coração contrito está examinando a Palavra de Deus, e orando por maiores extensões e amplitudes e profundezas e alturas do conhecimento que somente Ele pode dar." - TMOE 116.

"O livro de Daniel é descerrado na revelação a João, e nos transporta para as últimas cenas da história da Terra. Terão nossos irmãos em mente que estamos vivendo em meio aos perigos dos últimos dias? Lede Apocalipse em conexão com Daniel. Ensinai essas coisas." - TMOE 115.


Porque tem havido tão pouco interesse pelo estudo do Apocalipse?

"Por que, pois, esta dilatada ignorância com respeito a uma parte importante das Sagradas Escrituras? Por que esta relutância geral em pesquisar-lhes os ensinos? É o resultado de um esforço estudado do príncipe das trevas para esconder dos homens o que revela os seus enganos. Por esta razão, Cristo, o Revelador, prevendo a luta que seria ferida contra o estudo do Apocalipse, pronunciou uma bênção sobre os que lessem, ouvissem e observassem as palavras da profecia." -  livro Grande Conflito pag. 342.

O valor do Estudo do Apocalipse.

"Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, devem as profecias relativas aos últimos dias exigir especialmente nosso estudo. O último livro dos escritos do Novo Testamento, está cheio de verdade que precisamos compreender. Satanás tem cegado o espírito de muitos de modo que se têm contentado com qualquer desculpa por não tornarem o Apocalipse motivo de seu estudo. Mas Cristo, por intermédio de Seu servo João declara aqui o que será nos últimos dias; e Ele diz: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas." (Apoc. 1:3)."  - TMOE 116 -117. ( ExpoApoc. Pag.14 )

" Vi então o terceiro anjo. (Apoc. 14:9-11.) Disse meu anjo acompanhante: "Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda"." -  Primeiros Escritos, pág. 118.

E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação.
E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.
Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor
.” ( Apocalipse 14:6-13 )

( Desde agora morrem no Senhor, desde 1844. )

E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória.
E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.
Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto.
Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
E os reis da terra, que fornicaram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande cidade de Babilônia, aquela forte cidade! pois em uma hora veio o seu juízo.
E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias:
Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore;
E canela, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens.
E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás.
Os mercadores destas coisas, que dela se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando,
E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora foram assoladas tantas riquezas.
E todo piloto, e todo o que navega em naus, e todo marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe;
E, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?
E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada.
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais;
E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.
” ( Apocalipse 18:1-24 )

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

O VINHO QUE JESUS BEBIA

 

O VINHO QUE JESUS BEBIA – “Jesus Cristo bebia vinho, e isso pode chocar alguns cristãos”. Essa declaração – de que Jesus usava bebida alcoólica – foi feita por um grande evangelista durante uma convenção religiosa em Filadélfia (EUA) há algum tempo. Quanto se saiba, a asserção jamais foi contestada: o silêncio é surpreendente e chocante.
 
*Publicado por Júlio César Prado
Os fatos porem, são estes: Jesus produziu milagrosamente vinho nas bodas de Caná. A palavra vinho, contudo, não implica necessariamente bebida fermentada. Significa apenas um produto de vinha. Pode-se encontrar uma analogia no uso corrente da palavra cidra que tanto indica a bebida forte como a isenta de fermentação. Cristo certamente referia-Se ao vinho não fermentado quando disse que “ninguém põe vinho novo em odres velhos”.
 
Na versão Septuaginta, a palavra hebraica para suco de uva, “tiros”, é traduzida pelo menos trinta e três vezes pela palavra grega “oinos”, vinho, e o adjetivo “novo” não se faz presente. “Oinos”, portanto, pode claramente representar o produto não-fermentado no Novo Testamento. É inconcebível que Nosso Senhor, após o recebimento do Espírito Santo, haja em Seu primeiro milagre produzido intoxicantes, principalmente o que representa o maior oponente da vida do espírito. “Não se embriaguem com vinho, pois isso será a perdição de vocês. Ao contrário, fiquem cheios do Espírito de Deus (Efésios 5:18 – A Bíblia na Linguagem de Hoje).
 
Também não se pode admitir que haja preparado vinho fermentado, isto é, corrompido, para as bodas em Caná. O Senhor da vida em hipótese alguma iria produzir algo que tivesse tal característica. Isso arruinaria o grande símbolo da Comunhão. “Vocês anunciam a morte do Senhor”, disse Paulo referindo-se ao vinho tomado durante a Santa Ceia (I Coríntios 11:26). A morte do Senhor diferia de todas as outras mortes em razão de que Seu corpo não sofreu “corrupção”. Seu corpo, “soma”, não se tornou um cadáver – Ptoma – (Atos 2:27-31). A palavra Ptoma não é mencionada uma vez sequer nas narrativas da paixão e morte do Senhor.
 
Descobertas da moderna fisiologia tornam perfeitamente claro o contraste entre a taça do Senhor e a taça dos demônios! Nada poderia tipificar mais adequadamente o poder de Cristo que comunica vida do que o trigo e a uva, alimentos considerados completos. O fruto da vida contém os delicados elementos que, em nossos dias, são considerados essenciais para a sobrevivência e desenvolvimento do organismo. O conteúdo geral da uva é o seguinte: 2,8% de albumina, 83,7% de carboidratos, 1,2% de ácidos e extratos, e 2,3% de sais minerais. A fermentação destrói 98,5% da albumina, 98% dos carboidratos, 47 dos ácidos e extratos e 76% dos sais minerais. A vida se esvai. A “soma” da uva se torna uma “ptoma”, um cadáver líquido.
Poderia Jesus, o Criador, ter fabricado uma bebida destrutiva ao vir em carne? Em sua vida humana há dois momentos em que empregou Seu poder criativo – ao criar vinho em Caná e ao criar pão para alimentar os famintos na encosta da montanha. Teria ele criado pão mofado? Teria criado peixes podres? Teria criado vinho fermentado? Seria incrível.
 
Que dizer da recomendação de Paulo a Timóteo para que usasse um pouco de vinho por causa de seu estômago? Nenhum remédio melhor poderia ser indicado para ajudar a digestão de Timóteo e resolver seus problemas estomacais (ver I Timóteo 5:23) do que o suco de uvas. O açúcar contido na uva é uma substância que passa diretamente à circulação sem requerer digestão.
 
Além dessa substância, favorável nesses casos, o álcool, também passa inalteradamente às células do organismo, destruindo as defesas lipoides e demonstrando afinidades letais, especialmente para os tecidos nervosos. Assim novamente temos o duelo entre a uva que transmite vida e o álcool que transporta a morte.
 
O álcool reduz o calor orgânico. Não tem nenhum proveito para a atividade, pois não pode ser utilizado para o trabalho muscular. Em lugar de ajuda à atividade, reduz o tempo de reflexo em todos os sentidos. Não tem valor medicinal. Tem sido fator preponderante em todo o tipo de enfermidades e é a única e direta causa em muitas delas, especialmente de natureza mental. Encurta a vida conforme se demonstra por uma quantidade de conclusões de estudos. Como podia Jesus, em Quem estavam todos os tesouros da sabedoria, desconhecer tais fatos? Como podia Ele chegar a fabricar e fazer uso de vinho fermentado? “Ele deve ter sido meramente um produto de Sua época”! É a esse impasse teológico que o mau emprego da história de Caná da Galileia leva.
 
O vinho que Jesus proveu para a festa de Caná, e que Ele ofereceu aos discípulos como símbolo de Seu próprio sangue, era o puro suco da uva. Foi Jesus que, no Velho Testamento, fez esta advertência ao povo israelita: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido, não é sábio” (Provérbios 20:1). Foi Ele que prescreveu abstinência à mãe de Sansão (Juízes 13:3, 4 e 14). Cristo não contradiz os Seus próprios ensinos. Jesus não iria de maneira alguma sancionar o uso de vinho intoxicante. De maneira alguma (Foto: Ilustração/Divulgação).
 
*Júlio César Prado é jornalista